Wednesday, December 19, 2012

JOSÉ DE ABREU

Nosso conhecido e estimado ator, devia nos explicar o que significa "a volta da delação como um ato eticamente perfeito", publicada no Estadão (18/12). Caso não o faça, alguém como eu poderá pensar que ele se refere ironicamente a confissões extraídas da juventude comunista pelos militares durante a ditadura. Que eu saiba Marcos Valério não é um jovem idealista, delatando sob tortura seus companheiros socialistas; tampouco Lula, um revolucionário socialista a ser protegido das forças de repressão de uma ditadura cruel. Também não está em discussão as políticas aplicadas por Lula e Dilma que têm merecido grande apoio da população. O que está sendo investigado, punido e combatido, com total apoio popular, são atos de corrupção que até recentemente eram livre e impunemente praticados no Brasil. Não é fechando o Congresso Nacional que se moraliza o País, mas elegendo políticos competentes e honestos. Da mesma forma, não é tentando desmoralizar o Poder Judiciário que se consegue uma instituição mais sólida, eficiente e capaz. Todos os juízes do Supremo foram sabatinados pelo Senado, após rigorosa seleção e posterior indicação do Presidente da República. Por essa rigorosa seleção passou o combativo, corajoso e competente Juíz Joaquim Barbosa, relator do chamado Mensalão, e atual Presidente do STF. Ele foi indicado por Lula para demonstrar ao País o acerto de sua política que visa a eliminar, de vez, preconceitos de cor de pele, infelizmente ainda existentes em nosso País. Devemos a Lula mais essa vitória na batalha contra a corrupção pela escolha de Joaquim Barbosa que, por meio de trabalho, esforço e capacidade profissional, demonstrou clara e detalhadamente a seus pares os crimes praticados no Mensalão. A nação brasileira está de parabéns. Espero que os detentores de poder não manipulem as ainda frágeis instituições do Estado brasileiro e, como sempre se fez no passado, abram espaços escusos  para advogados chicaneiros encontrarem soluções mais confortáveis para seus clientes condenados.
                                          FIM 

Tuesday, October 23, 2012

O TRÂNSITO NA CIDADE DE SÃO PAULO E NOSSOS POLÍTICOS

                                                     0
Ando extremamente irritado com a evolução de nosso sistema de transportes que nos tira a mobilidade em determinadas áreas e horários. Moro na Cidade de São Paulo na Vila Cordeiro, bairro que escolhi pela tranquilidade e qualidade de vida oferecidas. Moradores simples, de antiga classe média, que envelheceram longe da internet e que andam a pé até o supermercado e circulam com sacolas, vivem aqui. Nos últimos 20 anos, fomos sendo ilhados pelas grandes avenidas, sendo que a última, avenida Roberto Marinho, com sua Ponte Estaiada que enfeita os noticiários da TV GLOBO, gerou tamanho volume de trânsito que é de assustar.. Optaram pelo Monotrilho ao invés de corredor de ônibus nessa avenida e sua construção no meio dela levou a Companhia de Engenharia de Tráfego - CET a desviar o trânsito por ruas dos bairros residenciais contíguos como o meu.. Das 17 horas às 20 horas,  o melhor que se faz aqui é se recolher e trancar animais e crianças para não se exporem à raiva - não a canina, que felizmente foi erradicada de nosso meio por meio de vacinação - mas a raiva hominídea dos encarcerados com  algemas invisíveis que prendem suas mãos aos volantes de reluzentes automóveis alvos de todas as benesses, exceto a de poder circular em transito descongestionado. Quando vejo um cão solto na rua se aproximar de mim, ao contrário de medo, preocupo-me em localizar onde ele mora e apertar a campainha do vizinho para que o recolham rapidamente antes que seja atropelado. Como prova de minhas frustrações escrevo pequenas notinhas, já que ninguém lê mais de 2 a 3 linhas   hoje em dia.  Abaixo, as mais recentes. envolvendo a disputa pelo cargo de prefeito da Cidade de São Paulo
                                          I                       Haddad e Dilma
O plano de transporte para a Cidade de São Paulo ganhará duas jóias, não pelos benefícios, mas pelos custos dos projetos. Haddad  promete construir os túneis que ligarão a Avenida Roberto Marinho à Rodovia dos Imigrantes, facilitando o acesso ao litoral de automóvel. E Dilma, o Trem Bala ligando São Paulo ao Rio. Os moradores da Cidade de Taubaté levarão menos tempo para chegar ao centro da Cidade de São Paulo que os trabalhadores do Bairro do Grajaú, por exemplo, viajando sentados no confortável e moderno trem bala; também os residentes no Morumbi, bairro de ricos e de classe média alta, para chegarem às praias do litoral em busca de lazer, sentados em seus confortáveis automóveis com ar condicionado.
                                               II
      Automóveis e mais Automóveis
Ao invés de rever, sem rejeitar, a Inspeção Veicular Obrigatória, Haddad promete acabar com a taxa; e Serra, a mantê-la sem reconhecer a necessidade de reestruturá-la. É incrível, mas verdadeiro. Os dois estão certos e errados. Toda a atividade em que se pode identificar o dano ou custo específico imposto à sociedade deve ser punida ou taxada, de forma a não prejudicar ou impor custos, indevidamente, a toda população. Quem polui e gera riscos de causar sérios danos à população são os motoristas em seus veículos. Portanto, cabe ao proprietário do veículo provar que está poluindo abaixo do nível máximo permitido, bem como demonstrar que seu veículo é seguro e não oferece riscos para a população. Também, é simplesmente ridículo que veículos recém saídos de fábrica passem por essa inspeção, coisa que deveria ser feita pelas montadoras antes de liberá-los para venda. Mais ridículo, ainda, é estabelecer diferentes padrões de segurança e de nível de poluição para diferentes modelos de veículos, como tem-se ouvido comentários a respeito.
                                           III 
   CORREDORES DE ÔNIBUS versus LINHAS DE METRÔ 

Simplesmente chocante o fato de Serra não ter dito que os corredores de ônibus como as linhas de metrô, subterrâneas ou não, são indispensáveis para se criar uma rede de transporte público de massa que possa dar atendimento às necessidades da população. E não ter criticado Kassab por ter se omitido e não realizado a construção de corredores ajustados à rede de transporte público como prometera. Essa reciprocidade de apoio que levou Kassab a apoiar Serra, levou-o a perder a eleição. Da mesma forma, é ridículo Haddad não dizer uma palavra sequer em favor da construção de linhas de metrô onde for indispensável o transporte público, não só para atender a atual demanda, como a futura, quando as áreas de transporte público da cidade forem insuficientes para combinar transporte por ônibus com circulação a pé.
                                  IV                            
       O Futuro do Automóvel
Nenhum dos dois tocou em outro assunto de extrema importância: é de que o automóvel não vai desaparecer do espaço público, pois isso não acontece ou acontecerá. É necessário, por isso, disciplinar seu uso por meio dos mecanismos de mercado, pois hoje é possível, tecnologicamente, cobrar-se a circulação por quilômetro rodado na rede viária. Até mesmo com tarifas diferenciadas em função das necessidades de se eliminarem os congestionamentos. Esse tipo de cobrança será feito a partir do próximo ano nas rodovias sob concessão. A questão política pode ser amenizada com a tolerância de veículos EXTREMAMENTE LEVES E ECONÔMICOS  gozando de isenção de pagamento nos primeiros cinco anos, por exemplo, prorrogáveis na medida em que haja espaço sobrando E os veículos  maiores (volume e peso) serão onerados por km rodado proporcionalmente a seu tamanho. Trata-se de medida racional, seja pelo espaço ocupado que é dispendioso e reduzido, seja pelo peso que desgasta mais a via e causa danos maiores em acidentes de trânsito e atropelamentos. Todos os custos de operação do sistema de circulação de veículos privados deveriam ser considerados: infraestrutura, capeamento e recapeamento de asfalto, iluminação, sinalização, fiscalização, campanhas de educação, entre outros                                                       V
           Novas Avenidas
Também não disseram que as avenidas paulistanas têm que ser completamente reestruturadas, já que optamos em não construir vias expressas ao estilo de  LOS ANGELES que destruíram aquela cidade. O dinheiro para essa reestruturação viria da arrecadação das tarifas de circulação privada.  Nossas avenidas devem adotar o sistema da Av. Dom Pedro I que dá acesso ao Museu do Ipiranga, isto é, pistas centrais  para o transito de passagem, e pistas laterais para acesso a imóveis lindeiros. Hoje é um verdadeiro caos o trânsito em nossas  vias arteriais devido à ausência dessa separação. O trânsito de entrada e saída de veículos em imóveis lindeiros nessas avenidas arteriais se faz em ângulo reto, isto é, de 90 graus, agravando ainda mais o problema.                                    
                                   FIM

Wednesday, September 26, 2012

O SENTIMENTO DE INJUSTIÇA


Em sua carta (Folha, 26/9), com o título acima, Kátia Rabello escreve, com relação a sua condenação pelo STF no processo do mensalão: 1.” Lá no fundo, cada um de nós sabe o que fez e o que não fez... Por isso estou em paz”; 2. “Sofro muito pelos meus colegas. Sei quanto é absurdo eles serem envolvidos nessa história, mas a verdade às vezes é inconveniente....”  Não constatei a injustiça denunciada por Kátia Rabello no seu processo de julgamento do STF. Quem sabe a verdade inconveniente possa explicar o que as reticências contidas em sua carta deixaram de revelar, pois não há liberdade na mentira ou na omissão.
                                                    FIM

Sunday, September 23, 2012

CICLOFAIXAS NA CIDADE DE SÃO PAULO


Tenho acompanhado com muito interesse o despertar dos políticos  para o transporte não-motorizado. Esse sistema de trânsito que torna nossas cidades mais alegres, menos poluídas e, acima de tudo, torna as pessoas que se movimentam com a energia de seu corpo mais saudáveis e felizes, produz benefícios diretos e indiretos que justificariam de pronto a realização dos pequenos investimentos necessários a viabilizá-lo como forma de transporte, também. Recreação é ótimo para S. Paulo. Se estiver associada ao trabalho no dia-a-dia do cidadão, muito melhor ainda. Numa cidade que não tem mais espaço para carros particulares, e em que o congestionamento afeta negativamente tudo e todos, qualquer deslocamento que possa ser feito a pé ou sobre rodas movidas pelo corpo (bicicleta, skate, patins. etc.), deve ser considerado prioritário. O argumento de que não existe espaço para ampliar calçadas e se criarem faixas especiais nas ruas para os não-motorizados mais velozes, não é válido. Há espaço e muito; hoje ocupado por filas enormes de automóveis estacionados ao longo das calçadas. Além disso, há milhares de quilômetros de vias públicas em áreas de pouco trânsito que não fazem parte do sistema arterial em que a velocidade máxima deveria ser de 30 km/h para que a convivência entre o motorista e o cidadão não-motorizado sobre rodas possa ser facilmente harmonizada. Bastaria liberar a faixa lateral da via para sua circulação, proibindo o estacionamento de automóveis ao longo dela. A ciclofaixa em grandes avenidas chama mais atenção, sem dúvida! Porém, apresenta dois inconvenientes muito sérios. Usa um espaço que poderia ser mais bem utilizado por transporte público e atrapalha o trânsito dos veículos automotores que necessitam de maior velocidade para circular nessas vias arteriais. ainda que limitada a 60 km/h, ou 50 km/h, como acontece em Nova Iorque e em cidades europeias. Os sistemas locais de não-motorizados, integrados ao transporte público que serve os bairros seriam mais úteis, porém. E os benefícios econômicos, sociais e ambientais bem mais amplos. E o pedestre? Poderá o cidadão que anda a pé contar algum dia com calçadas confortáveis e seguras, além de um ambiente limpo e livre de bandidos para transitar? Quem sabe um dia os políticos, que já abriram os olhos para as   bicicletas, comecem a pensar um pouco sobre isso para concluir que o envolvimento direto de associação de bairro, com fronteiras geográficas claramente definidas e estruturadas, e sem sectarismo político-partidário ou de outra ordem, é o caminho para se mobilizar a população responsável pelas calçadas. É mais fácil convencer o proprietário do imóvel por meio de interlocução no local em que ele vive e realizar um contrato ou convênio com a associação de seu bairro para a execução de um plano de recuperação e ampliação de calçadas juntamente com medidas visando a moderar e racionalizar o trânsito na área considerada. Nela, os vizinhos, que para mim são eles, para eles sou eu. Haverá cobrança recíproca sem dúvida, liberando a Prefeitura para a elaboração de projeto e construção de calçadas em regiões acidentadas, hoje calamitosas para os pedestres, onde não há expectativa de solução. 
                           FIM

Friday, August 24, 2012

O IDOSO


Tendo atingido o meio do caminho percorrido pelos idosos, permito-me fazer algumas elucubrações a respeito do comportamento das pessoas incluídas nessa classe, ou seja, com mais de 65 anos. Arrisco-me a afirmar que o período que se desenvolve a partir dessa idade, para poucos já, e para muitos nas próximas décadas, pode ser dividido em três fases: do idoso jovem, 65-74; do idoso maduro, 75-84; e, finalmente, do idoso velho, 85-94. A taxa de mortalidade aumenta, obviamente, à medida que se avança na idade, tornando raros os que conseguem ultrapassar os 94 anos, apesar do número deles estar crescendo. Na qualidade de idoso maduro posso registrar algumas características nessas três fases que tenho tido a oportunidade de observar. A primeira é a mais alienante, pois a idosa jovem luta desesperadamente contra o tempo, buscando todas as formas possíveis e impossíveis de evitar seu envelhecimento a ponto de se iludir que é jovem mesmo. Corre e saltita na rua, pinta o cabelo, faz plásticas (até os homens entraram nessa), desenvolve uma terceira dentição, elimina os óculos, se possível. O mais cômico, porém, são as roupas juvenis e esportivas que usa, sempre rindo e dando pulinhos em excursões, ou tentando dançar igual aos jovens.

Desafiam os madurões que os substituíram no trabalho, expulsando-os do comando e do poder que desfrutavam: OS EXECUTIVOS NO CORREDOR DE SAÍDA (55-64), por exemplo. Muitos deles barrigudos, de cabelos brancos e, não poucos, infartados e cheios de pontes de safena que, se não se cuidarem acabarão no cemitério ou em cadeira de rodas, perdendo a melhor idade: a de idosos jovens recém aposentados. 

Os idosos maduros, porém, já estão se preparando para se tornarem velhos, porém com saúde. É a fase em que o tempo anda rápido porque ele é mais lento. Ainda bem, com razoável segurança, mas nada de pulinhos e abusos, muito menos tinturas, plásticas e outras medidas de rejuvenescimento que os tornariam ridículos. As mulheres nesse período, ainda insistem nessa luta contra o tempo. Quantas vezes observei um casal em carro de luxo parar e dele descer, primeiro o varão de cabelo completamente branco, cheio de rugas e papadas, barriguinha pontuda, andando com certa dificuldade em direção à porta do carro em que uma jovem loira o aguarda para abri-la. Ela surge como se fosse realmente uma jovem. Roupas, jóias, cabelos e tudo mais que encobre seu corpo, até mesmo a máscara perfeita criada pelo cirurgião plástico que esconde seu velho rosto. Não conseguem, porém, dissimular o jeito de senhora idosa que se revela já ao levantar-se do banco e sair do carro; e depois no andar, no olhar, e em outras manifestações corporais de sua idade, como a voz e a  respiração.

Finalmente, chegamos ao idoso velho, quase todos com sérias limitações físicas e mentais que nada mais escondem e que lutam para sobreviver sem dor e com alguns prazeres simples que o resto da vida ainda lhes pode proporcionar. É o período em que lembranças e esquecimentos se misturam e se confundem. Em que o estar acordado, dormindo e sonhando acontecem sem muito controle. Os movimentos são lentos e cuidadosos, assim como o falar e ouvir. Ao contrário do idoso jovem que luta contra o tempo, o velho idoso o esquece. É capaz de rir e de gostar de coisas simples. Perde-se em histórias e lembranças do passado, como se estivesse viajando pelos galhos de uma árvore frondosa sem saber qual o destino de sua caminhada: não se lembrando do início dela, tampouco do fim que lhe espera. Se durar muito, deve sentir-se como o fruto velho e insosso que não conseguiu desprender-se do galho, compartilhando-o com os novos botões de flores de uma nova geração. Como tudo na natureza, uma simples brisa o levará. É o fim.

É óbvio que o exercício de escrever sobre o mundo e buscar entende-lo, e até querer salvá-lo, permanece com o idoso jovem, mas esgota-se no período do idoso maduro em que terminam seus ensaios autobiográficos. Como todas as classificações, as que agora descrevo resumidamente estão cheias de exceções. As que acontecem para abreviar nossas vidas são execradas, tornando-nos reféns do esforço da moderna medicina para prolongá-las e, com isso, tirando-nos a necessária tranqüilidade para usufruirmos o que de mais prazeroso a vida nos oferece: o de viver em harmonia e comunhão com a natureza e com nossos semelhantes.  

Conclusão: assim como perdemos parte de nossa adolescência e juventude querendo parecer mais velho, o mesmo acontece com o idoso que perde tempo precioso de sua vida no esforço vão de parecer jovem ou de transformar sua
vida em mera luta para não morrer.  
                                            FIM

Saturday, August 18, 2012

MENSALÃO, O ETERNO MENSALÃO


O Ministro Marco Aurélio Mello disse bem que nas democracias “são os meios que justificam os fins”, referindo-se, obviamente, a condenações e absolvições que devem resultar de julgamentos livres e bem feitos. Se a pressa é inimiga da perfeição, podemos dizer que a chicana é amiga da impunidade temporal que pode resultar em não encarceramento, prescrição da pena ou morte do acusado.  O que também é importante  considerar é que todo o trabalho ou serviço profissional cujo resultado tem um fim pessoal, econômico, social, cultural, deve ser conduzido com seriedade, honestidade, competência e, acima de tudo, com eficácia. E nós todos, simples mortais, ainda que criados à imagem de Deus, sabemos que a variável tempo nos condiciona de forma inexorável. Por isso, encarecemos aos nobres ministros Celso de Mello, que não sofre da chamada angústia do tempo, e ao ministro Marco Aurélio Mello, que defende a excelência na qualidade do julgamento, que síntese e agilidade são qualidades importantes na prestação de qualquer serviço em que o tempo condiciona a eficácia. E é desta que o Poder Judiciário, como serviço público, mais precisa.
                                                   FIM
         Nota: Enviada cópia a Carta do Leitor do Estadão



Sunday, August 05, 2012

DESCONFIANÇA

Dadas a omissão da fiscalização pública e a prevalência da corrupção em nosso País, considero-me perfeitamente ajustado a minha vida em sociedade. Desenvolvi, ao longo de muitas décadas, instrumentos e mecanismos de identificação de eventuais “golpes” e como me defender deles. A gama de situações em que me envolvo, aferindo dados, informações, bem como formas de relacionamento duvidosas que possam se assemelhar a eventuais golpes e logros, exigiria um verdadeiro Manual de Como Evitar Ser Logrado.

Não há dúvidas que a vida se torna mais complexa e desgastante. Confesso que não me arrependo de estar de prontidão, pois a probabilidade do consumidor confiante ser passado para trás em nosso País é altíssima. Observo, porém, que se trata de um traço cultural que desenvolvemos para sobreviver em ambiente de promessas e responsabilidades vãs, associadas a instrumentos públicos de controle da malandragem completamente ausentes ou, na melhor das hipóteses, ineficientes.

Quase sempre minhas desconfianças se comprovam na prática. Ultimamente, dada a minha avançada idade, tenho sido mais cauteloso em minhas conclusões pelo fato de me fugirem da observação, outrora precisa e atenta, dados e informações e, até mesmo, bom senso nas avaliações, levando-me a atitudes precipitadas. Hoje, por exemplo, agradeço a minha discrição e calma em abordar um golpe que pensava estar sofrendo e que, de fato, não existiu.

Fui almoçar em Restaurante-Padaria, tipo bufê, que cobra por kg, no caso R$ 3,75 por 100g, ou seja, R$ 37,50 por quilo. Já na entrada, constava a informação que o peso do prato de 804g e da tigela de sobremesa de 250g, seriam reduzidos do peso total automaticamente. Não me fixei no “automaticamente” e me servi de porções um pouco maior do que costumo fazer. Em outras palavras, em torno de 350 a 400 g de alimentos. Servi-me de frutas para sobremesa porque achei o preço de R$ 2,50 por 100 g convidativo. Peguei um copo de 300 ml de chá de mate gelado. Qual não foi minha surpresa e irritação quando logo após ter retirado meu prato observei na balança os números 804 de um lado e 360 de outro. Concluí que registraram 804 g de alimento, cujo preço fora somado ao da sobremesa e do Chá de Mate, chegando a R$ 36,00. Não tinha mais dúvida, portanto, que estaria sendo roubado, apesar de considerar que me servi mais de alimentos pesados, como bacalhau e tomate. Depois de raciocinar um pouco, pensei comigo mesmo, tenho em minha frente um copo de 300 ml conforme está nele registrado. Trata-se de líquido contido em material extremamente leve. Seria um excelente instrumento para "checar" se a balança estava corretamente regulada. Uma senhora se atrasou e me permitiu colocar o copo na balança, tendo nele aparecido o número absurdo de 484. Reajo com educação, porém com firmeza, perguntando ao atendente como 300 ml de chá pode pesar 484g e noto o espanto da senhora que testemunhou meu teste. Ele respondeu-me que provavelmente o peso do continente (de plástico super leve!) era responsável pela diferença. Sentei-me e fiquei ruminando a situação, pois notei que apesar daquela senhora estar convencida como eu que houve logro, somente acrescentou: “Infelizmente nos logram de todos os jeitos possíveis” . Ela dera o sinal para eu agir, pois tenho horror a este espírito de aceitar logros como coisas normais da vida. Resolvi, então, procurar o gerente e "pegá-lo com a mão na botija". Nesse momento, o atendente relatou o caso ao supervisor do restaurante e este me olhou. Respondi com as mãos que tudo estava bem, levantando o polegar em sinal de aprovação. Aceitando, passivamente, sua justificativa de que "não me lembrara de somar ao peso do líquido o do copo de plástico". Voltei a pesar o copo com o chá intocado para confirmar minha suspeita. Lá estavam: 484 g. Saí rapidamente do local e dirigi-me à balança da frente da Padaria e constatei que o peso era de 320 g. Pedi, então, a presença imediata do gerente para tratar de assunto urgente e do interesse do restaurante. Demorou a aparecer um jovem gerente, calmo e atencioso. Dirigiu-se a mim, dizendo que provavelmente eu não notara que a balança já faz a dedução automática do peso do prato de 804 g. Sem entender o que ele dissera, chegamos lá e ele colocou o prato na balança e em seguida o Copo de Chá de Mate sobre o prato. O resultado foi de 320 g, exatamente igual ao peso da outra balança. Saí meio confuso e perturbado com o que vira antes da explicação dele. Lembrei-me então de um detalhe que havia registrado mentalmente sem dar-lhe importância, bem no lado esquerdo da balança o número 804 e, próximo ao número 8 a sua esquerda pequeno e quase indistinguível hífen. Fui ao caixa e aí tudo ficou claro, Minha despesa incluída a sobremesa e o Chá de Mate fora de pouco mais de R$ 23,00. Portanto, o hífen era na realidade um sinal negativo antes do 804 que zerava quando se punha o prato vazio na balança. E, somente a partir daí era registrado o peso do alimento sobre o prato. Quando coloquei o copo de Chá de Mate que pesava 320 g sem o prato esse número negativo reduziu-se de 804 para 484, ou seja, exatamente os 320 g do copo. Finalmente, saí encabulado e não deixei de me dirigir à senhora que concordou comigo que estávamos sendo roubados e a seu marido, pedindo-lhes desculpas pelo meu juízo precipitado. O outro número provavelmente se tratava da sobremesa cuja balança estava quebrada e, por isso, usaram a de alimentos, fazendo os ajustes necessários, obviamente, pois em nenhum momento identifiquei clima de armação no restaurante que pudesse sustentar nova suspeita.
                                                FIM

Monday, July 02, 2012

ERUNDINA APÓIA HADDAD



O Estadão (19/6) informa:... “Segundo Campos, a deputada (Erundina) colocou-se à disposição para auxiliar Haddad nas tarefas que ele julgar importantes. "Seja na rua, na TV, na militância, nos debates ou nos comícios", disse o presidente do PSB”; e também relata:... “Quanto a Maluf, Rui Falcão (Presidente do PT) afirmou que o PT tem discordâncias das idéias dele (Maluf), mas há concordância quanto ao diagnóstico e as soluções para os problemas de São Paulo”.... E nós dizemos e perguntamos: Quem entende de política no Brasil são LULA e Maluf. Juntos, finalmente, serão imbatíveis? O que não falta em nosso País são bobos da corte. Será que o destino de Rigoletto na Ópera de Verdi, recentemente encenada no Theatro Municipal de São Paulo em seu centenário, abrirá os olhos de nossos bufões, tornando-os eleitores conscientes e responsáveis pelo destino de nossa metrópole? Ou continuarão de olhos vendados, votando em quem Lula e Maluf indicar?

Nota: Enviado ao Estadão no mesmo dia (19/6)  e não publicado.

Wednesday, June 27, 2012

WWW.INSS.GOV.BR - SITE MUY AMIGO!

Sou aposentado pelo INSS há mais de dez anos. Tento, sempre que funciona, utilizar o site http://www.inss.gov.br/  Que raramente facilita o acesso pelo usuário. Hoje, por exemplo, quando tentei encontrar em SELECIONE O TIPO DE SUA MANIFESTAÇÃO para enviar reclamação à OUVIDORIA, encontrei ELOGIO e outros tipos e nada sobre RECLAMAÇÃO. Tentei DENÚNCIA, apesar de ter conotação legal e não ser uma simples reclamação. Após algum esforço, cheguei a um ponto e reconheci que não era o caminho, abandonando-o no meio. Finalmente, entrei em SOLICITAÇÃO DIVERSA e permaneci nela até o fim. Essa dificuldade já é um exemplo de "blindagem" do SITE do INSS a qualquer tipo de reclamação. Somente uma pessoa teimosa e persistente como eu, tenta concluir sua queixa.

Voltando ao assunto que desejo RECLAMAR: Já na primeira página (HOME PAGE) o INSS oferece acesso à informação sobre REVISÃO DO TETO PREVIDENCIÁRIO. Após clicar nesse item de acesso, abre-se uma página explicativa que oferece, no pé da página, aos que tem ou já tiveram a revisão de seu benefício, a possibilidade de acesso ao assunto: CLIQUE AQUI, em vermelho. Surge forte a esperança de ter chegado ao que desejo. Isso me entusiasma com o mundo eletrônico! Depois de clicar, aparece uma nova página solicitando poucas informações que puderam ser respondidas pronta e rapidamente, inclusive os caracteres (na realidade sempre letras) a serem repetidos como tem sido de praxe em acesso a dados e outras informações por razões de segurança. Feito isso, cliquei em CONSULTA, após titubear e quase clicar em FECHAR cuja utilidade foi somente a de me enervar ainda mais, como se verá a seguir. O resultado depois do clique foi sempre o mesmo: DADOS DIVERGENTES, também em vermelho. Nas primeiras vezes, culpei-me, voltando a repetir o processo lentamente a fim de evitar erros, já que sou idoso... Depois de umas quatro ou cinco tentativas, minha irritação aumentou. Tentei clicar em FECHAR, logo depois de ter preenchido cuidadosamente todos os dados solicitados, e copiado e preenchido o espaço para CARACTERES. Era minha última esperança.  Nesse momento a página desapareceu. Nem os DADOS DIVERGENTES em vermelho apareceram. Nervoso e extenuado, peço encarecidamente que corrijam esses erros e tornem o SITE do INSS um espaço confiável e amigável. Uma auditoria técnica poderia ajudar muito! Pois jovens especialistas em informática somente funcionam bem com vigilância permanente do DONO do SITE, no caso o INSS. Eles não estão nem aí, se centenas de pessoas perdem seu tempo e calma tentando obter dados e informações corretas por meio eletrônico. Essa é minha reclamação construtiva em favor de nosso País que deseja se tornar um país democrático, igualitário e desenvolvido. Grato pela sua atenção. Tomo a liberdade de publicar esta minha reclamação em meu BLOG, http://ejdaros.blogspot.com/  onde também será divulgada a resposta que obtiver da Ouvidoria do INSS. Assina: Eduardo José Daros, SEU APOSENTADO.



SOCORRRRROOOOO!: Após ter clicado em ENVIAR, sou novamente surpreendido com Ocorreu um Erro no Servidor Obter Detalhes, em vermelho e sublinhado. Cliquei para saber o que aconteceu e eis que surge o texto abaixo para me atormentar ainda mais. Caso o prezado leitor possa me explicar o que realmente ocorreu, agradeço sua atenção me informando. Como fui previdente, pois estou habituado à linha telefônica que cai quando reclamo e erro  em remessa de reclamação pelo computador, salvei este texto antes de enviar. O argumento é sempre falha técnica. No caso do computador, quando se escreve diretamente no formulário da instituição, além de limite de caracteres - revelado para quem escreve – há o limite de tempo para preencher o formulário – esse quase sempre oculto. Preocupado com isso, apertei o CTRL C antes de clicar e enviar, pois perderia o material de minha queixa. Agora ela irá por correio em Carta Registrada, pois guardo da infância a lembrança tormentosa registrada em minha mente infantil quando presenciei, a caminho da escola, a exposição de milhares de cartas que se encontravam no porão do antigo prédio do correio demolido. Seu assoalho era de madeira cujas frestas foram aproveitadas para esconder essas cartas não enviadas...



Os Detalhes sobre o Erro Ocorrido que me impossibilitou de encaminhar a reclamação ao INSS são os seguintes:

java.lang.NullPointerException

at br.gov.mps.souweb.web.dwr.CadastrarManifestacao.tratarDadosComuns(CadastrarManifestacao.java:325)

at br.gov.mps.souweb.web.dwr.CadastrarManifestacao.salvarManifestacaoDiversa(CadastrarManifestacao.java:1303)

at br.gov.mps.souweb.web.dwr.CadastrarManifestacao$$FastClassByCGLIB$$6bbef3c6.invoke(:-1)

at net.sf.cglib.proxy.MethodProxy.invoke(MethodProxy.java:149)

at org.springframework.aop.framework.Cglib2AopProxy$CglibMethodInvocation.invokeJoinpoint(Cglib2AopProxy.java:698)

at org.springframework.aop.framework.ReflectiveMethodInvocation.proceed(ReflectiveMethodInvocation.java:148)

at org.springframework.aop.framework.adapter.ThrowsAdviceInterceptor.invoke(ThrowsAdviceInterceptor.java:118)

at org.springframework.aop.framework.ReflectiveMethodInvocation.proceed(ReflectiveMethodInvocation.java:170)
                  
                  etc...   etc....     etc.....
                                             FIM  

Saturday, June 09, 2012

INVESTIR , pelo Prof. Delfim Netto

Comentário: Estou postando abaixo o excelente artigo do Prof. Delfim Netto, publicado no último dia 6 de junho na Folha, que estabelece os marcos claros e bem definidos do campo de atuação do governo federal de maneira a não mexer nos fundamentos do Estado brasileiro cujos parâmetros foram estabelecidos na Constituição de 1988. E nas próprias palavras do Prof. Delfim Netto: ..."o Brasil escolheu para si a combinação de um Estado forte - constitucionalmente limitado pela vigilância do STF- capaz de regular amigavelmente o setor privado com um comportamento republicano e democrático e cujo objetivo é o de uma sociedade em que a igualdade de oportunidades vá ampliando cada vez mais o seu espaço"

Friday, June 01, 2012

LULA SEMPRE LULA!

Ainda não saiu da enrascada (chantagem?) com Gilmar Mendes e arma outra mais sutil com aquela que ele protegeu e apoiou e que agora o protege e o apóia: a Presidente Dilma Rousseff. Questionado em Programa de TV se voltaria a disputar a presidência em 2014, Lula respondeu: “A única hipótese é se ela (Dilma) não quiser. E eu não vou permitir (sic) que um tucano (sic) volte à Presidência do Brasil”. O conteúdo dessa frase imperial é tão rico que deixo aos articulistas e comentaristas que têm espaço na mídia explorarem todas suas nuanças. Por favor, não esqueçam três mancadas óbvias: ele reduziu o eleitor brasileiro e os partidos políticos, inclusive o PT, a pó de traque, bem como infringiu lei eleitoral vigente. O único elogio enviesado foi para os Tucanos!
                                               FIM

Sunday, May 27, 2012

Lula Fez uma Visita

“Lula me fez uma visita. O Gilmar estava lá. Não se falou sobre o Mensalão”, afirma Nelson Jobim, ex-deputado federal, ex-ministro da Justiça de FHC, ex-ministro e ex-Presidente do Supremo Tribunal Federal, ex-ministro da Defesa no Governo de Lula e, também, no de Dilma. Ninguém pode por em dúvida a palavra de um cidadão dessa estatura. Mas foi muita coincidência o ex-presidente Lula ir chegando em seu escritório sem avisar e encontrar o Gilmar que estava lá. O respeitável Estadão (27/4/2012) relata: “Segundo a revista (referindo-se à conceituada VEJA), Gilmar confirmou o teor dos diálogos e se disse "perplexo" com as "insinuações" do ex-presidente. Lula teria perguntado a ele sobre uma viagem a Berlim, aludindo a boatos sobre um encontro do ministro do STF (Gilmar) com Demóstenes na capital alemã, supostamente pago por Cachoeira”. Jobim nega a afirmação de Gilmar Mendes, ex-Advogado Geral da União, ex- Procurador Geral da República, ex-Presidente e, atualmente, ministro do Supremo Tribunal Federal, além de Mestre e Doutor em Direito pela famosa Universidade de Münster, na Alemanha. Segundo a VEJA, Gilmar Mendes sofreu “constrangimento” para agir em favor da postergação do julgamento do Mensalão. Lula, que todos nós conhecemos, seguramente vai dar a explicação final sobre esse encontro “casual” após consultar seu ex-ministro da Justiça, Márcio Thomas Bastos, famoso criminalista, hoje ocupado em defender Carlinhos Cachoeira. Seria interessante que a Presidente Dilma fosse perguntada o que ela acha desse encontro casual de Lula com Gilmar Mendes que mais parece uma bomba verbal que poderá explodir em seu governo. Nós, cidadãos comuns, aguardamos o resultado: será desativada? Ou explodirá, gerando mais instabilidade em nosso País? Em qualquer das duas hipóteses quem assumirá a culpa pelo malfadado encontro e seus desdobramentos? Nelson Jobim, Gilmar Mendes ou Lula? Ou será uma armadilha que explodirá no colo da Revista VEJA em cuja reportagem aparecem mais detalhes sobre encontros casuais (ou não) de Lula com outros ministros do STF e seus amigos em favor da postergação do MENSALÃO?
                                              FIM

Thursday, May 17, 2012

BOM CARÁTER GENÉRICO

Infelizmente, o bom caráter não tem genérico; tampouco fórmula protegida em patente que possa ser disseminada. Todavia, há culturas em que o mau caráter é disseminado na população e comanda a conduta de pessoas com grande inteligência e invejáveis conhecimentos, permitindo-lhes ocupar posições elevadas nas instituições políticas, empresariais, educacionais, enfim, indivíduos que conseguem afetar negativamente todo o espectro de atividades, como acontece em nosso País, a ponto de muitos desmoralizarem a nação brasileira com o epíteto de “nação sem caráter”.Trata-se, obviamente, de injusto exagero aplicado a uma endemia crônica que nos atormenta desde o descobrimento. Há remédios para esse mal. Infelizmente, sem trocadilho, estou diante de dúvida atroz em assunto que diz respeito a minha saúde física. O medicamento que devo tomar custa R$ 0,64 o comprimido, se for o genérico produzido em Anápolis, Goiás, por um laboratório brasileiro da gema. O genérico, mais barato, de respeitável laboratório multinacional custa, aproximadamente, R$ 2,00. Como soube que Carlinhos Cachoeira é dono de laboratório licenciado pela ANVISA e que nela há maracutaias em investigação, consumirei o mais caro e considerarei o excedente pago como CUSTO BRASIL. Para que os bons laboratórios brasileiros não sofram as conseqüências do mau-caratismo e considerando que a produção de genéricos autênticos foi um marco para a preservação da saúde dos mais pobres em nosso País, solicito à ANVISA que cumpra o Decreto da Transparência aplicando-o aos produtores de genéricos no Brasil, informando-nos o seguinte: a. Ligações com laboratórios estrangeiros, se houver; b. Diretoria e Presidente; c. Currículo completo do Farmacêutico Responsável, tanto de formação acadêmica (universidade, pós-graduação,..), como de experiência no setor. Finalmente, solicitamos à ANVISA que nos apresente atestados anuais de qualidade dos medicamentos genéricos produzidos pelos laboratórios licenciados, emitidos por conceituadas faculdades de medicina.
                                             FIM
Nota:Enviada a Cartas do Leitor do Estadão. Até 25/04/2012 não publicada.

Wednesday, March 21, 2012

INVESTIMENTOS EM TRANSPORTES


Os serviços de transportes sempre estiveram associados a grandes investimentos públicos na infra-estrutura que reduzem distâncias e tempos de percursos. Também estão associados a danos à natureza. O caos urbano e suas conseqüências sobre nossa saúde e integridade física assumem características de um veneno em que o vetor de inoculação mais importante é o automóvel. A cidade de São Paulo é o exemplo maior disso. É possível se disciplinar esses investimentos de forma a se conseguir mais acessibilidade com menos mobilidade sem afetar a liberdade de escolha do cidadão e dos empresários de acordo com regras estáveis e sustentáveis que garantam a competição entre os diferentes tipos de serviços e de modalidades? Os atos de nossos governantes indicam por meio de suas escolhas e decisões que não. As tecnologias e os instrumentos técnicos disponíveis, ao contrário, se bem utilizados poderiam nos trazer mais eficiência com redução de custos para consumidores e produtores e melhorando nossa saúde, competitividade e conservação do meio ambiente. Por que isso não acontece? Deixo ao leitor a resposta a essa pergunta. Em tempo: deveria ser proibido contratar obra para ser executada na administração seguinte cujo distrato seja inviável. Exemplo: Túneis na Av. Roberto Marinho; bem como, indicar para Agências Reguladoras pessoas que estejam engajadas em projeto que anula as premissas de isonomia do governo no mercado competitivo do setor em que atuará. Exemplo: Recondução do coordenador do Projeto do Trem-Bala para a Agência Reguladora dos Transportes Terrestres-ANTT (Estadão, 8/3, em Política)
                     FIM

             Nota: Enviado ao Estadão em 8/3/2012

Saturday, February 25, 2012

Trem Vira-Copos Congonhas- Um teste de racionalidade

Oportuno o Editorial Econômico do Estadão com o título acima. A complexidade já atingida pelos serviços de transportes em nosso País, particularmente na Região Sul e Sudeste, exige que se proponham e avaliem redes ou sistemas integrados para depois escolher os projetos prioritários. Caso contrário, joga-se dinheiro público no ralo. Dois exemplos demonstram isso: 1. Na região de influência do trem de alta velocidade ligando Rio-S. Paulo-Campinas, não houve a coordenação necessária para se avaliar a estrutura de demanda atual de transporte público de passageiros e nos próximos anos que poderá ser atendida de maneira eficiente por ônibus e transporte aéreo face à renda média das diferentes classes de usuários e quando e com que características o trem-bala deveria ser construído de forma a conseguir uma receita que cubra as despesas geradas por esse projeto; 2. O complexo Anchieta-Imigrantes se congestiona esporadicamente na rodovia, demonstrando inquestionavelmente que os acessos urbanos têm mais capacidade do que a próprio complexo. No entanto, está-se iniciando dois custosos túneis com elevada capacidade no prolongamento da Av. Roberto Marinho para aumentar extraordinariamente a capacidade desses acessos. Além de transparência na licitação, deveria haver mais discussão e debate técnicos sobre projetos de investimentos públicos, sem interferência do blá-blá-blá político-partidário. Infelizmente, os dois projetos acima citados vão ser executados, queiramos ou não, pois os que decidiram isso provavelmente consideram que os setores de saúde e saneamento, educação, segurança pública, transporte público urbano, já têm recursos suficientes para atender as necessidades dos mais pobres.

Notas:1. Enviado a Cartas (Estadão de 22/5/12) e não publicada 2.Li-o hoje, domingo, dia 26/02, na versão impressa.

Friday, February 17, 2012

Concessão não é venda

Falem e escrevam senhores doutores da USP sobre a concessão-privatização dos aeroportos!. Caso contrário, nós pobres leitores, teremos de engolir calado a aula magna da Senadora Marta Suplicy, psicóloga e sexóloga de formação, publicada na Folha (11/2), com o título acima. Foi com muita paciência e exagerado contorcionismo em nossos neurônios cerebrais que lemos seu artigo, assim como os artigos do SIM e do NÃO relativamente à “Privatização” recente de Aeroportos brasileiros, publicados pela Folha. Esse assunto envolve elevadíssimas somas de recursos públicos que saem de contas controladas pelo governo – dinheiro do BNDES e de outros fundos estatais– para financiar o consórcio vencedor – e deste, retornando ao Tesouro Nacional sob a forma de ágio com o rótulo de “dinheiro novo” para gastos e investimentos públicos federais. Ademais, há muito que falar sobre a capacidade e experiência dos vencedores em administrar grandes aeroportos, garantindo o desejado equilíbrio econômico-financeiro, porém sem abuso nos preços e tarifas que direta ou indiretamente serão pagos por nós usuários desses aeroportos.

Nota: Carta do Leitor para a Folha no dia 12/2 e não-Publicada


Concessão e Privatização

Precisa-se, urgente, de profissionais não ligados a disputas político-partidárias e de “cabeças frias” para explicar à população de forma honesta e compreensível que o controle dos serviços públicos e de reservas de riquezas naturais são da competência do Estado. E que, nesses casos, a privatização somente se refere à operação e a bens que possam ser alienados sem prejudicar os serviços públicos e a sustentabilidade ambiental, no caso de concessões para aproveitamento de riquezas da natureza. Somente demagogos ou ignorantes podem imaginar que FHC, Lula ou quem foi ou for Presidente, possa vender rodovias, rios e lagos, aeroportos, por exemplo. Mesmo a exploração das riquezas naturais (petróleo, minério de ferro, aproveitamento de rios, etc. ) são objeto de contratos de concessão com objetivo, prazo e parâmetros definidos. Infelizmente, inverteram-se as posições entre PSDB e PT, e este último está sendo envenenado com o próprio veneno que produziu na era FHC. A grande diferença é que o PT adotou a política de conceder ao setor privado com o objetivo, não explícito, de reestatizar assim que "a INFRAERO aprender a administrar os aeroportos". É o modelo “Dilma”, já adotado na exploração de petróleo por Lula, em que a Petrobrás respira no cangote da empresa privada concessionária.
                                           FIM

Nota: Carta do Leitor enviada à Folha em 14/02 não publicada.

Tuesday, February 14, 2012

Carta da Ombudsman

Caro Eduardo,
passei a sua crítica para conhecimento da Redação.
att
Suzana Singer
Ombudsman - Folha de S.Paulo
Al. Barão de Limeira, 425 - 8o. andar
01202-900 - São Paulo - SP
Telefone: 0800 159000
Fax: (11) 3224-3895
ombudsma@uol.com.br
@folha_ombudsman
http://www.folha.com.br/ombudsman/

Manifestação:

----- Original Message -----
From: Eduardo Daros
To: leitor@uol.com.br
Cc: ombudsman@uol.com.br
Sent: Sunday, February 05, 2012 4:40 PM
Subject: Painel do Leitor


Desigualdade na Cidade de São Paulo

A Folha poderia perfeitamente ter-nos poupado de "não deixar-nos de não ler" a reportagem (Domingo, 5/6) que busca demonstrar que ¿Não Existe Igualdade em São Paulo¿ por meio de índices espaciais apresentados sob o título bombástico: ¿Estudo Escancara Desigualdade Paulistana¿. O índice sobre empregos é simplesmente hilário: 2.219 vezes (desigual), não ocorrendo, antes de publicá-lo, o bom senso de analisar onde moravam os empregados e tampouco porque os originalmente pobres não foram recrutados para os postos mais bem pagos. Outro índice, refere-se a livro por habitante, com mais de 15 anos, em que se eliminam as crianças arbitrariamente, como se a leitura fosse direito do cidadão somente a partir dessa idade. O importante não é o livro em si, mas a plena capacidade de ler e compreender o que que leu, bem como expressar corretamente por via oral ou escrita idéias e pensamentos. A leitura é um instrumento fundamental no processo de aprendizado que modernamente somente termina com a morte do indivíduo. E por isso, é dever do Estado disponibilizar os conteúdos das bibliotecas e centros de documentação públicos a toda população, garantindo-lhe fácil acesso. Formas modernas de armazenamento e transmissão de textos, imagens e dados, eletronicamente do material fisicamente armazenado em bibliotecas localizadas no centro da cidade permitem que se faça isso. Qualquer habitante da cidade e do mundo que possua e saiba usar meio eletrônico de acesso via internet poderá usar todo o acervo central e outros, como o inestimável acervo particular do já falecido e sábio Midlin que está sendo digitalizado rapidamente. Qual o significado de livros por habitante armazenados nas áreas distritais da cidade para medir desigualdade nesse contexto? Nenhum. Ao invés de índices espaciais, como o de esportes, saúde, cultura e educação infantil, que surpreendente e erroneamente demonstram certa igualdade, o correto seria avaliar os custos e benefícios de investimentos e gastos públicos realizados cujos efeitos contribuem ou não para a redução de desigualdades na Cidade de São Paulo, considerando, além dos municipais, os recursos estaduais e federais. Acrescente-se, não só na instalação dos equipamentos públicos, como em sua operação visando a melhorar as condições físicas, mentais, culturais e de conhecimentos que torne efetivo o objetivo central das políticas públicas, o de assegurar a todo brasileiro igualdade de condições no aproveitamento das oportunidades oferecidas para progredir e se desenvolver em nossa querida Cidade de São Paulo. Isso não desmerece certos índices espaciais que "per se" são fundamentais para avaliação de desigualdades, como por exemplo, o de acesso a serviços de água e esgoto, infelizmente não apresentados na reportagem.

Observação: Como o painel somente publica carta de notórios políticos e instituições ou cartas com sabor de picolé de xuxu, resolvemos enviar nossa carta a Ombudsman pois o artigo com chamada em primeira página envolvia erros gravíssimos.

FIM

Sunday, January 22, 2012

CRACK
Considero um dos maiores males da cultura brasileira nossa paixão por emitir opinião sobre tudo e todos por meio do “achômetro”. Se não gostamos, ou gostamos, de certa medida ou solução, vamos aos recônditos escaninhos da memória e de lá trazemos conhecimentos e argumentos para convencer os outros sobre nossa opinião. Infelizmente, nossa mídia tem oferecido espaço a opiniões sobre a contenção do uso de “crack” sem conteúdo científico, estimulando o falso debate propiciado pelo “achômetro”. A contenção das drogas envolve várias áreas de conhecimento técnico-científico e diferentes instrumentos de ação em que se destacam as ciências biológicas e sociais. Hoje, fiquei feliz de saber que existe um curso de pós-graduação destinado a capacitar profissionais no uso de instrumentos científicos, focado na recuperação de pessoas viciadas em drogas. Esta ano terá lugar o XIII Curso sobre Dependência Química promovido pela UNIAD – Unidade de Pesquisas em Álcool e Drogas e INPAD – Instituto Nacional de Tecnologia para o Álcool e utras Drogas, ligados à UNIFESP. O curso é coordenado pelo conhecido e experiente médico psiquiatra Dr. Ronaldo Laranjeira. Profissinais competentes são o melhor antídoto contra a improvisação e o "achômetro", hábitos que acometem pessoas respeitáveis em suas áreas de atuação como jornalistas, artistas, políticos, filósofos, e, até mesmo, psicanalistas e psicólogos que não acreditam em "dependência química", por exemplo.

Wednesday, January 18, 2012

A BATALHA PARA ENVIAR EUROS POR VIAS NORMAIS À MINHA NETA ISABELLE
Capítulo IV
Última Batalha
Finalmente, o sistema de Visa Eletron de débito automático conhecido como Ourocard Internacional no BB funcionou parcialmente mas conseguiu resolver o problema de minha neta. Com conta no Banco "Credit Agricole SA" seria fácil. Seu Cartão de Débito faz parte do Sistema Plus (conforme símbolo no verso do cartão) que permite a troca instantânea de moedas desde que, obviamente, esteja dentro do limite de saque em reais. No caso de minha neta seriam dois mil e quatrocentos reais por dia, conforme informação da gerente de sua conta, o que lhe permitiria retirar todo seu saldo de quatro mil e oitocentos, em dois dias, ou sejam, 1.800 Euros. Mero engano meu! O tal Banco "Credit Agricole SA" limitou o saque em 300 Euros por dia, ou seja, seriam necessários seis dias consecutivos. Indignado com isso, pedi a Isa que fosse ao banco e insistisse em respeitar somente seu limite em reais e não o limite em Euros imposto pelo Banco francês. Ela voltou e pressionou os dois jovens funcionários franceses a explicar-lhe o que estava acontecento. No final eles simplesmente afirmaram que respeitavam a regra do Credit Agricole e não sabiam qual a razão disso. Se não houver mais nenhuma novidade considero que terminou a batalha de remessa de Euros para minha neta, pois ela estará aqui no Brasil depois de seis meses de permanência como estudante em Paris, no próximo dia 28 deste mês.

Thursday, January 05, 2012

A BATALHA PARA ENVIAR EUROS POR VIAS NORMAIS À MINHA NETA ISABELLE
Capítulo III
Introdução
O mês de Dezembro foi tão absorvente que não me permitiu continuar a descrição relativa à remessa de Euros. Somente hoje, dia 5, consegui algum tempo para resumir a última etapa da luta no Santander e do moroso processo de desbloqueio da conta de minha neta no BB.

A. Luta Final no Santander
Como houve um débito feito em minha conta corrente às 17:40 de sexta-feira, dia 9 de dezembro, imaginei que na segunda-feira, dia 12, minha neta já tivesse o valor correspondente em Euros creditado em sua conta-corrente. Enviei-lhe e-mail e recebi a resposta que ainda não fora feito o crédito. Nervoso, fui até a agência do banco aqui no Brooklin e recebi, novamente, a garantia que seguramente no decorrer do dia o depósito em Euros seria feito. Como não pude acompanhar o processo na manhã de terça-feira, dia 13 de Dezembro, e considerando que minha neta não ligou para sua mãe, tampouco me enviou e-mail, respirei fundo e comemorei o fim da batalha. Durou pouco a sensação de vitória. No início da tarde, minha neta ligou desesperada para dizer que ainda não recebera os recursos e que o proprietário do imóvel cujo aluguel vencera no dia 5 de Dezembro, estava irritado. Liguei imediatamente para o setor de câmbio responsável pela remessa cujo expediente encerra às 14 horas (17 horas em Paris). Diante de minha pressão e irritação de em nada mais acreditar, pois não entendia como fora feito um débito e o dinheiro não aparecera na conta de minha neta, a atendente me enviou cópia para provar que a remessa fora feita. Pouco entendi o que estava escrito no e-mail, cheio de códigos e termos internacionais relativos à operação. Contudo, estava bem claro para qualquer leigo sobre o assunto entender que a autorização para o crédito em Euros feita pelo Santander não fora na sexta-feira, dia 9, mas na segunda-feira dia 12. Pouco depois das 16 horas de terça minha neta confirmou o recebimento de euros depositados em sua conta corrente. Encerra-se assim, melancolicamente, a luta no Santander.

B. Luta no Banco do Brasil
Tendo recebido recursos suficientes para o mês de Dezembro, tinha-se muito tempo para atender a solicitação da Procuração da Agência para se fazer a mudança de senha que impedia a transferência de recursos pela Isabelle para gerar os Euros em seu Visa Travel. Quem não conhece essa modalidade, basta lembrar o exemplo dos celulares pré-pagos. Carrega-se crédito nele e consome-se em chamadas até zerá-lo. O Visa Travel é carregado com crédito na moeda escolhida e pode ser usado para pagamento ou para retirada de dinheiro em espécie. A novela da procuração, porém, estendeu-se além do esperado pelas armadilhas naturais do processo. Assim que foi entregue a transcrição dos termos da procuração feita no Registro em Livro da Embaixada, Isabelle a enviou a sua mãe que teria poderes para substituí-la na mudança da tal senha bloqueada que impede a movimentação do montante congelado em sua conta. O texto foi recebido na véspera do Natal para gáudio e felicidade de todos. Na segunda-feira, Rose compareceu com a procuração e de lá voltou totalmente abatida: a procuração seria enviada à Brasília e somente depois de validada pelo Ministério de Relações Exteriores ela teria efeito legal e lhe permitiria proceder a escolha de nova senha e validá-la aqui no Brasil para uso de minha neta no exterior. Isso somente aconteceria lá pelo dia 10 de janeiro de 2012, ou mais tarde. Como o aluguel vence no dia 5 de cada mês não haveria como usar o recurso congelado para essa e outras despesas no último mês de permanência de Isa no exterior. A única solução que restaria seria utilizar novamente o sistema Santander que depois de tantas armadilhas funcionou bem para outra remessa feita pouco antes do natal. A razão disso é que "eu estava ali devidamente cadastrado segundo as exigências do Banco Central", informou-me a funcionária. Contudo, para evitar despesa de quase duzentos reais no Santander", minha filha voltou à Agência do BB para examinar se não se podia abrir uma exceção ou, pelo menos, uma expedição mais rápida do documento do Ministério de Relações Exteriores. "Impossível!"... Minha filha voltou novamente derrotada e desanimada. Antes de utilizar o sistema Sandander voltei à Agência com o objetivo de falar com a Gerente Geral. A recepcionista, com dois dias de experiência nem sabia que podia existir esse personagem. Fiquei um tempão esperando quando, finalmente, a recepcionista me informou que viria um funcionário para me conduzir à presença da Gerente da Agência. Mais demora e nada do meu condutor aparecer. Finalmente, ele veio e depois de se dirigir a mim no melhor estilo de "funcionário da antiga corte do século 19, quando o BB foi criado", perguntou-me o que desejava. Expliquei-lhe do que se tratava. Em seguida, dirigiu-se à recepcionista e disse-lhe que eu estava no lugar errado, pois aquele espaço era só para clientes com "Estilo". Rapidamente compreendi que Estilo se referia à classe mais alta de correntistas entre os quais a minha neta não estava enquadrada. Repondi-lhe que não pertencia ao Estilo do Banco mas que apesar de tudo pensava ser uma pessoa com estilo. Finalmente, deparei-me com uma pessoa afável em adiantado processo de gestação que falava como se estivesse em sua sala de visita residencial. Todo estilo de dona de casa e mãe. Contou-me que estava esperando o segundo filho. Não era gerente geral mas iria me ajudar. Depois de conseguir acessar a conta de minha neta na tela e ler como uma iniciante os fatos nela registrados afirmou com voz surpresa: "Como sua neta não tem senha, se ela fez duas retiradas da conta recentemente." Perguntei-lhe como isso seria possível, se ela está em Paris e os débitos registrados na tela eram em reais. Observei atentamente a tela e estranhei que cada retirada estava associada a uma tarifa de R$ 12,00. Como a "falsa gerente geral" que me recebeu não entendia o que estava acontecendo, liguei para minha neta que candidamente esclareceu: "Retirei Euros duas vezes com meu Visa Eléctron" Perguntei-lhe então por que não retirava seu saldo todo? Ela me respondeu bem ao nosso estilo familiar: porque minha amiga disse que o limite é baixo. A partir daí percorri uma verdadeira via sacra para extirpar a fórceps a solução que "penso" funcionar para minha neta que tem conta em Banco francês e não está viajando continuamente de país para país. Usar o limite de seu OUROCARD INTERNACIONAL Visa Eletron que consegui saber que é de R$ 2.400,00 por dia, ou seja, aproximadamente 900Euros a um custo de R$ 12,00 mais IOF. Duas operações limpariam o saldo. E ninguém pensou nisso desde o começo. Penitencio-me por não conhecer esse procedimento e não ter sido alertado pelos funcionários dos dois bancos. Porém, acredito que somente quem viaja continuamente o conhece. O que mais me surpreende é que tive que juntar informações e dados de vários locais e pessoas para chegar a conclusão que deve funcionar. A não ser que.....Não, espero que não! Vou rezar antes de me deitar. Pois tenho uma nova batalha para amanhã. Trata-se de produto químico mal embalado..