COMPLETE PROTECTION*
E. J. Daros
Eleger o transporte
público, de ônibus ou de metrô. como a forma mais segura de se deslocar nas cidades!
O que se precisa para isso? Garantir que o usuário esteja preparado a não ser
contagiado, tampouco a não contagiar o próximo. Leigo como sou, isso somente
será possível pelo isolamento completo da cabeça, fechando a máscara com folga
no pescoço, e as mãos protegidas com luvas descartáveis. Na fila de entrada do
veículo: primeiro, uma névoa desinfetante geral; em seguida, a luva descartável
e, finalmente, a cabeçona protetora de material leve. A parte crítica é, sem
dúvida, o material leve com dispositivo de respiração sem contaminação, transparente
e facilmente desinfetável. É a peça mais importante, especialmente em relação à
respiração com troca de ar externo ao ônibus por meio de sistema higiênico garantido
pelo veículo aos passageiros Acordem profissionais criativos dos trópicos e nos
surpreendam com essa peça: eficiente, leve, barata e de fácil descontaminação.
Chega de trapo tapando a boca e o nariz, molhado de suor e continuamente
ajeitado no rosto; e mãos expostas tocando metais de apoio continuamente manuseados que garantem o equilíbrio
dos passageiros dentro do veículo.
A realidade hoje em
nossos meios de transporte público é tão chocante que acaba sendo ignorada
graças à cruel capacidade da elite brasileira de se alienar daquilo que não lhe
interessa, associada a uma ignorância, também notável, sob a sua própria
fragilidade e a dos que lhes cercam. Como diz o nosso cantor baiano,...”moro
num país tropical, abençoado por Deus...” .
*O título em Inglês foi
para atrair leitor esnobe ao último parágrafo.
São Paulo, março de 2021