Saturday, December 22, 2018

A Liminar de Marco Aurélio

Caros amigos:
Tenho o máximo cuidado de selecionar articulistas da Folha de São Paulo e de outros veículos responsáveis, competentes e equilibrados emocionalmente para confrontar meu pensamento e opinião sobre fatos relevantes  para evitar cair na "malha grossa" das redes sociais por onde circulam mentiras, distorções da realidade e tudo mais que se possa imaginar. Acabo de receber a gravação de um rapaz irresponsável convocando a população em nome de seu partido MBL para ir às ruas contra o "GOLPE DOS CARAS (SIC) DO STF" contra o Brasil. Senti-me na obrigação de divulgar a opinião de Hélio Schwartsman, que coincide com a minha, publicada na Folha de SP de ontem. Ela merece ser conhecida.

"A liminar de Marco Aurélio por Hélio Schwartsman 

O que motivou ministro foi mais a vontade de aparecer do que a de alterar situação jurídica


É mais a psicologia do que as ciências jurídicas que explica a decisão do ministro Marco Aurélio Mello, do STF, de suspender a prisão de condenados em segunda instância.
O mais contramajoritário dos magistrados aproveitou a chegada do recesso para dar um caráter ainda mais bombástico à sua liminar, ignorando que já havia sido marcada uma data para o julgamento da questão pelo plenário e desafiando a decisão colegiada sobre a matéria que está em vigor, apesar de não ser definitiva.
De resto, Marco Aurélio tem suficientes anos de casa para desconfiar que sua liminar seria cassada pela presidência do STF, como de fato aconteceu, de onde se conclui que foi mais a vontade de aparecer do que a de alterar a situação jurídica de milhares de presos que o motivou. Marco Aurélio é reincidente nesse tipo de espetáculo, mas não é o único magistrado a estrelar solos na corte.
No que diz respeito ao mérito da prisão em segunda instância, há bons argumentos jurídicos tanto para defendê-la como para exigir que o encarceramento só ocorra após o trânsito em julgado. Tudo depende da perspectiva filosófica que se adota em relação ao direito.
Os mais principistas tendem a abraçar a tese de Marco Aurélio. A presunção de inocência é uma garantia fundamental, devendo, portanto, ser preservada em grau máximo. Já aqueles com pendores consequencialistas, grupo no qual me incluo, buscam, tanto quanto possível, compatibilizar o respeito a princípios com os resultados práticos das interpretações que se dão à Carta e às leis.
Eu não teria muito a objetar na leitura mais garantista, se nossas cortes fossem capazes de produzir sentenças definitivas em prazos de, digamos, dois ou três anos. Como muitas vezes levam mais de uma década, insistir no trânsito em julgado acaba se tornando um estímulo aos recursos infinitos de olho na prescrição. A Justiça fica mais lenta e há mais impunidade." 
   Fonte: Texto publicado pela Folha de São Paulo  ( 21/12/2018)
                                                    FIM


Friday, October 26, 2018

Alianças Democráticas

Alianças de Defesa da Democracia
com
             Economia de Mercado                
E. J. Daros
Introdução

Com um pouco de exagero, podemos afirmar que o Brasil é o país que possui mais leis no mundo que são rotineiramente desobedecidas.  Pior ainda: quando utilizadas para defender direitos ou cobrar obrigações apresentam falhas que nos atormentam e congestionam a justiça brasileira. Sem falar da população pobre que não dispõe de recursos para pagar advogados e ainda desconhece a defensoria pública, apesar de suas limitações. O Judiciário, hoje com menos prateleiras, esconde, graças à tecnologia digital, o fantasma do "tsunami" de papeis utilizados em processos cujos julgamentos ainda não foram concluídos. E dos novos, que continuarão entrando na fila de intermináveis conflitos, muitos deles gerados por leis mal formuladas.  É hora de reformar o sistema de legislação que deve começar no Congresso Nacional. 

Menos leis confusas e conflitantes substituídas por leis bem formuladas e objetivas é o que se quer. 

As eleições de nossos representantes para ocupar os cargos mais importantes dos poderes Executivo e Legislativo são organizadas e operadas utilizando técnicas modernas disponíveis e já em pleno uso em nosso País. A urna e o sistema de controle e apuração de nossos votos são eficientes, confiáveis e seguros.  Nossa liberdade de escolha de candidatos e de obtenção rápida e segura de resultados em nossas eleições devia servir de exemplo e estímulo para se modernizar o sistema judiciário do Brasil.


Por outro lado, o sistema político e os procedimentos nele contidos para indicação dos nomes dos candidatos para escolhermos como nossos representantes na governança do Estado Democrático de Direito de nosso País são uma grande farsa. Transformaram a eleição democrática numa verdadeira arena de disputas e conflitos de interesses subalternos e de realização de desejos de poder abrigados em mentes de candidatos sem qualificação para os cargos, muitos deles totalmente desconhecidos pela população.

Pior, ainda, a forma de torná-los conhecidos pelos eleitores em horário gratuito na televisão para os partidos e pago pelo governo é de uma estupidez que nos envergonha.

A falência completa do nosso sistema político-partidário frustra o desejo da população de viver em Estado Democrático de Direito, com Economia de Mercado, organizado e administrado por governos honestos e competentes. Felizmente, o Estado brasileiro, apesar de suas falhas, ainda tem a necessária flexibilidade de se auto aperfeiçoar, se nós eleitores insatisfeitos agirmos antes que seja tarde demais.   


Eleições de 28/10/2018
No período de governo do PT (1/1/2003 a 31/08/2016) tolerou-se a falta de ética e a montagem e manutenção de esquemas criminosos de corrupção com vistas a conseguir apoio político do Congresso. Já em maio de 2005, tornou-se público o escândalo do mensalão, ligado ao dos bingos de março de 2004, ambos sobre  compra de votos pelo PT por meios ilícitos.  O julgamento e condenação de José Dirceu, deixando Lula fora do sistema de corrupção, “que não sabia de nada”, garantiu-lhe a reeleição para o segundo período de 1/1/2007-31/12/2010.  Nesse novo período, o PT simplesmente ignorou os escândalos dos bingos e do mensalão e manteve o sistema de compra de votos, ampliando-o com propinas e vantagens pessoais aos políticos, envolvendo quantias de dinheiro inimagináveis.

A dimensão espantosa desse crime ocorreu na PETROBRÁS cuja descoberta se deu em operação denominada Lava-Jato, conduzida pelo Ministério Público Federal em posto de gasolina sediado em Brasília. Foi revelada em março de 2014, pouco antes das eleições de Dilma para seu segundo mandato, iniciado em 1/1/2015, e encerrado, em 31/08/2016, com seu impedimento.

Dois anos depois, após investigações que envolveram a direção da Petrobrás, empreiteiras de obras e serviços, todos ligados a falcatruas conhecidas e operadas por políticos e altos funcionários dessa empresa, Lula foi também considerado suspeito.

Em 17/03/2016, ele toma posse na chefia da Casa Civil de Dilma, mas não consegue de fato ocupar o cargo por ter sua nomeação legalmente rejeitada liminarmente por juiz do STF sob o argumento de que se tratava de simples busca de foro privilegiado. 

Nessa época, investigado e obrigado a depor perante o juiz Moro ao qual a operação Lava Jato estava ligada, Lula se sentia inseguro e ameaçado de ser preso sem os privilégios de foro especial. Sua prisão de fato aconteceu por ordem do juiz Moro da Justiça Federal em Curitiba, no dia 7/4/2018, após ter sido julgado culpado em segunda instância. Contudo, já no cárcere, continuou dirigindo o PT por meio de contatos permanente com sua atual Presidente Gleisi Hoffmann.

Novos casos de corrupção em outros partidos surgiram em diversos estados da federação, destacando-se a do Governo do Estado do Rio de Janeiro cuja expressão econômica e financeira atingiu níveis assustadores. O número de escândalos políticos ligados a malversação de recursos públicos, com destaque à corrupção, tem crescido muito em nosso País.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_de_esc%C3%A2ndalos_pol%C3%ADticos_no_Brasil

              1960    1970   1980   1990   2000    2010  
               08        18       17        30       64        104 (até 2017)


Todos políticos são corruptos...
Centenas de vezes em conversas com pessoas simples e de pouca cultura sobre qualquer assunto que envolvesse políticos e seus partidos, ouvia-se a afirmação de que “todos políticos são corruptos”. Ela surgia em tom desafiador e com muito vigor, principalmente e surpreendentemente por simpatizantes e eleitores do PT. Ao se questionar o interlocutor, ou um grupo solidário a essa ideia, que nem todos políticos são corruptos, ouvia-se uma enxurrada de nomes e de fatos misturados com falsidades e acusações as mais diversas para provar que são, sim. Na realidade, tem-se de reconhecer de que essa frase remonta a Ademar de Barros (o rouba mas faz), Lupion (doando Praça Pública por engano, em sua intensa doação de terras públicas), o próprio Jânio Quadros, caçador de marajás (acusado pela própria filha de ter milhões de dólares no exterior), sem falar em Collor, em versão moderna de caçador de Marajás, somente para citar alguns nomes que ora nos ocorrem.

No Congresso, os Deputados e Senadores servis ao Poder Executivo, quase sempre são favorecidos com benesses de nomeações a cargos e empregos públicos, e, também, com recursos para financiar obras e serviços em seus redutos eleitorais, chamados de "currais" - palavra depreciativa dos pobres eleitores que eram conduzidos às urnas pelos fazendeiros como animais para votarem em quem o patrão lhes ordenasse. Com oferta de empregos públicos, dinheiro a ONGs, subsídios, financiamentos de investimentos privados, o Poder Executivo consegue cooptar seus eleitores no apoio a seus projetos. 

Na administração do PT que durou quase catorze anos a corrupção cresceu e se institucionalizou, isto é, se tornou parte do processo de se administrar os recursos públicos, desviando-os, criminalmente, não só para atividades político-partidárias, como também, para propinas visando expandir o patrimônio particular das pessoas envolvidas no assalto ao dinheiro público. Além disso, surgiram crimes sofisticados em processos de promulgação, alteração de leis e decretos, bem como de aprovação de empréstimos e até mesmo de fusões de empresas, perdão de multas, enfim tudo que diz respeito à autoridade do Estado criado pela nação brasileira para seu bem e proteção. As diferentes formas de materialização desses desvios aumentaram e se revelaram e continuam se revelando complexas, envolvendo membros dos setores público e privado, organizados em verdadeiras quadrilhas. 

Qualquer semelhança com a máfia seria exagero, pois os recursos que chegam aos bolsos dos políticos e seus asseclas não são roubados com ameaças de morte. São retirados dos impostos legalmente pagos pelos seus eleitores, semianalfabetos e impotentes diante do político todo poderoso. 
  
Não é difícil concluir que temos de terminar com a corrupção em atividades públicas, extirpando suas matrizes reprodutoras impregnadas em nossa cultura centenária com vigor e inteligência, por todos os meios disponíveis, destacando-se a educação que deverá ter o papel maior de inibidor de apetites imorais de nossos cidadãos; e, também, punir os corruptos, prendendo-os e recuperando os prejuízos causados com sequestro de seus bens particulares, se necessário. Além disso, introduzir nas prisões a obrigação do prisioneiro trabalhar para gerar receita suficiente à cobertura dos custos de sua estada na cadeia. 

Se não fizermos isso, continuaremos sofrendo ciclos de infestação sempre que o clima político for favorável à roubalheira como aconteceu durante os quase catorze anos de permanência do PT na Presidência da República.

Devemos defender a Democracia com Economia de Mercado por meio de Alianças Locais organizadas e administradas pelos próprios eleitores que poderão ser de qualquer partido desde que não sejam defensores de ditaduras de direita e de esquerda, tendo o cuidado de não se engambelar por falsos democratas que se aproveitam da liberdade garantida pela democracia para miná-la. E, também, não por Aliança Nacional de Partidos Políticos, independentemente de suas doutrinas contrárias à liberdade da economia de mercado, e, quase todos contaminados pelo vírus da corrupção que se pretende eliminar, como propõe Rubens Ricupero em seu artigo (Folha, 11/10) em sua proposta de Defesa da Democracia.   Daí a razão de de se acrescentar à Defesa da Democracia o esclarecimento de que não se trata de qualquer democracia, mas das que respeitam a liberdade intrínseca à Economia de Mercado. Portanto,  Defesa da Democracia com Economia de Mercado. 

Rubens Ricupero, propõe, em seu recente artigo (Folha,11/10) sobre Aliança de Defesa da Democracia, que o PT não deve ter hegemonia nela. O que seriam dois disparates seus: primeiro, o fato do PT ser um Partido em marcha para um Socialismo indefinido apesar de quase 14 anos no poder. Em 1.990, foi criado o Foro de São Paulo* a partir de Seminário Internacional promovido pelo PT cuja última reunião (2.018) foi realizada em Cuba. Aliança de Defesa da Democracia com membro crítico da Economia de Mercado apoiada na liberdade de iniciativa, mesmo  que não seja hegemônico é um disparate; Ricupero somente preocupou-se com o segundo disparate, solicitando ao PT que antes de entrar na Aliança teria de concordar com pontos levantados por Celso Barros (Folha, 8/10), ao recomendar aos partidos da citada Aliança:..”acolher a exigência popular de combate à corrupção, ajuste fiscal, responsabilidade no uso de recursos escassos, o que falta no programa do PT, além de autocrítica”.

*  https://pt.wikipedia.org/wiki/Foro_de_S%C3%A3o_Paulo

Como pode o PT participar de combate à corrupção se foi durante os quase catorze anos de seu governo com Lula e Dilma que ela se institucionalizou e cresceu a níveis execráveis? Buscar o Ajuste Fiscal ao estilo das Democracias de Economia de Mercado, nunca. Sua proposta é de fazê-lo gradativamente, porém aumentando os investimentos públicos para reduzir o desemprego. E sem falar de onde virão os recursos públicos. Além disso, "não teve responsabilidade no uso de recursos escassos" quando Dilma ao assumir a presidência, anunciou seu projeto de criar um serviço de transporte ferroviário de passageiros  de alta velocidade entre Rio e São Paulo, chamado de Trem Bala por ela, ou de Trem das Balas, como muitos o chamavam, por transitar entre balas na baixada santista, região tomada por tiroteios entre bandidos e policiais. Além desse projeto megalomaníaco não executado, restando somente a empresa estatal criada por Dilma responsável pela execução do projeto, realizaram-se imensos gastos e investimentos em dois eventos mundiais: as Olimpíadas e o Campeonato Mundial de Futebol. Finalmente, pergunta-se: o PT vai reconhecer na sua autocrítica como válidas as condenações de Lula, José Dirceu e de muitos outros petistas presos; como, também, o impedimento de Dilma? Todos julgados e condenados em processos judiciais e políticos até hoje não aceitos pelo partido?

O PT levou à OEA, à ONU, ao Papa, que enviou benção ao Lula, a Jornais Estrangeiros e trouxe personalidades internacionais para testemunharem e divulgarem que Lula é um preso político. E que o impedimento de Dilma foi um Golpe de Estado.  A autocrítica que se houve na propaganda eleitoral do candidato Haddad: “Cometemos muitos erros“, merece nosso comentário: Nós também em nosso dia-a-dia!

Lula foi condenado após longo julgamento pelas leis e instituições brasileiras com todas as liberdades oferecidas para sua defesa. Contudo, anunciou que seria candidato à Presidente. Na prisão, gerou um processo de transferência de votos a seu vice que, caso sua candidatura não fosse aceita, o vice ocuparia sua vaga. E a de vice seria ocupada pela jovem Presidente do Partido Comunista do Brasil, completando a Chapa Oficial do PT.  

Haddad aceitou o papel, chegando ao paroxismo teatral de perda de sua identidade nesse processo imposto por Lula ao usar máscara com o rosto deste em propaganda eleitoral do PT.

Nesse processo de introjeção de Lula, além disso, Haddad registrou-se como seu advogado para ter livre acesso ao cárcere dele em Curitiba. As visitas de Haddad a seu padrinho político aconteceram até pouco tempo, todas segundas-feiras. 

Conclusão

Nós brasileiros queremos que o Estado Democrático de Direito com Economia de Mercado, constituído para nosso bem, seja estruturado e operado por instituições sólidas e eficientes:
-que nos garantam saúde, educação e segurança com liberdade e igualdade de oportunidades para todos;
-que garanta a boa qualidade de nosso "habitat, preservando nossa natureza contra atividades predadoras, poluidoras e insalubres que afetem negativamente os seres vivos;
-que se mantenha a liberdade com o devido respeito e solidariedade que devem predominar entre nós cidadãos e das instituições democráticas conosco;
- que prevaleça a livre iniciativa com competição de mercado em nossa economia, introduzindo-se as reformas necessárias para garantir o desenvolvimento econômico do País, criando-se empregos e garantindo-se aos desempregados o acolhimento que merecem;
-finalmente, que se faça uma reforma político-eleitoral ampla e profunda, incluindo a reorganização dos partidos políticos e da forma deles escolherem e propor-nos seus candidatos nas eleições de nossos representantes nas três esferas de governo, de maneira a se afastar, definitivamente, candidatos sem ética e carentes de um mínimo de educação e experiência para atuar nos cargos públicos que pretendem ocupar, levando-nos ou obrigando-nos a votar, como tem acontecido desde sempre, “no menos ruim”.

Se a lei não permite que se imponham restrições a qualquer cidadão que deseje ser vereador, deputado estadual e federal, senador, prefeito, governador ou, até mesmo, Presidente da República, salvo os previstos na Lei de Ficha Limpa, o Partido Político que o indicar para esses cargos tem de assumir a responsabilidade plena de sua indicação. Caráter ilibado, experiência, conhecimento, cultura, inteligência, controle emocional e, saúde física e mental, são requisitos a serem considerados. Afinal, o cidadão que exerce atividade útil e recebe por seu trabalho em nossa sociedade é obrigado a demonstrar sua qualificação de que está habilitado para ela. Hoje, a escolha de um candidato a cargo público que será pago com dinheiro de impostos já é feita adotando-se procedimentos de recrutamento e seleção previstos em lei. Cabe, agora, discutir-se democraticamente qual será o procedimento mais adequado em nosso País de garantir que candidatos eleitos pela população preencham um mínimo de condições para exercer seus cargos com responsabilidade, ética e competência.

É assustador, por exemplo, que um candidato a Presidente da República seja indicado por um Partido recentemente criado e desconhecido, após ter sido admitido nele faz menos de um ano, como foi Bolsonaro no PSL; não obstante Bolsonaro já ser conhecido por suas manifestações verbais agressivas às instituições democráticas a ponto de causar medo à população e aos defensores da democracia. Também, o indicado em nome de partido socialista, contrário ao Estado de Direito com Economia de Mercado, por seu ex-presidente encarcerado, como foi Haddad pelo Lula que conseguiu transferir-lhe parcela significativa de seus votos. 

O processo de transferência teve cobertura plena da mídia apesar de extremamente complexo, confuso e até mesmo teatral, de difícil percepção pelo eleitor menos ligado a assuntos políticos. Conseguiu-se fundir politicamente Haddad a Lula. A dependência de Haddad a Lula ficou notória; e foi demonstrada publicamente por Haddad pelo uso de máscara com o rosto de Lula encobrindo o seu, negando a sua própria identidade. Dificilmente Haddad embarcaria em qualquer voo aéreo ou entraria em banco com a máscara de Lula encobrindo seu rosto. Contudo, poderá ser Presidente da República com significativa parcela de votos cativos de Lula.

Torna-se urgente na atual conjuntura prestigiar-se o Congresso Nacional e o Poder Judiciário, alertando a população de seu direito de pedir moderação de seus representantes eleitos nas discussões de alterações ou criação de novas leis. E solicitando que as entidades não governamentais exijam transparência ao setor público nesse período difícil em que estamos vivendo após um processo eleitoral tenso e propenso a radicalismos nefastos à nossa tranquilidade e à frágil recuperação econômica de extrema importância para aliviar a tensão social criada pelo elevado desemprego.

É oportuno que se criem “Alianças de Defesa da Democracia” acrescentando-se “e com Economia de Mercado”. Nelas estarão eleitores de todos partidos e de todas as profissões para participar ativamente de suas atividades de defesa do Estado Democrático de Direito com Economia de Mercado em todo o país, pois estas são as colunas mestras que sustentam nossa democracia. Além disso, buscar que o mercado seja competitivo e que a estatização de atividades de produção se reduzam ao mínimo estritamente necessário. O principal papel dessas Alianças, espalhadas por todo o Brasil, será unir eleitores e parlamentares de todos partidos, presencialmente ou pela internet, que partilhem e discutam seus objetivos e estejam dispostos a lutar pacificamente pela Defesa da Democracia com Economia de Mercado. 
   
O primeiro desafio a se enfrentar com firmeza é anular tentativas de corruptos que não conseguiram se reeleger de criar ou alterar textos de lei visando beneficiá-los em nossas casas legislativas, pois o foro especial de julgamento terminará com seus mandatos em 31/12/2018.

Vamos nos reunir com nossos representantes eleitos em nossas pequenas Alianças dirigidas por nós eleitores para que nos expliquem e nos esclareçam sobre suas atividades não os deixando converter-se em membros da “corte real”, ou coisa pior, em Brasília, ou nas Capitais de estados, esquecendo-se que somos uma República desde 1989 -  não obstante ter sido criada por golpe militar -  e que nos devem fidelidade pelo voto nosso que o elegeu para o cargo.

Esperamos que as pequenas Alianças de Defesa da Democracia com Economia de Mercado em nosso país, sejam lideradas e organizadas por eleitores suficientemente afastados de partidos e políticos habituados à velha política imoral, ineficiente e corrupta. E que elas sejam acolhedoras dos novos e antigos políticos que compartilham de nossos valores democráticos e demonstrem respeito aos eleitores que somos, avessos à demagogia e a mentiras. Esses políticos devem demonstrar claramente seu espírito público, disposição e competência e honrar nossa confiança nos cargos em que ocupam. 

Espera-se uma nova era em que nossos representantes nos governos darão vida e rumo ao Estado que nos protege e nos ajuda a viver como nação próspera na busca da felicidade desejada por nós em que a Liberdade, a Igualdade de Oportunidades e a Solidariedade Acolhedora são os faróis que nos iluminam.


Terminamos este breve texto, parafraseando Lincoln, em discurso feito em Gettysburg: 
"Podemos dizer que após esta eleição de 2018, todos nós eleitores contrários aos políticos tradicionais que desonram seus cargos e aos inimigos do Estado Democrático de Direito com Economia de Mercado, e, acima de tudo contra a corrupção, o desemprego e a violência gerada pelo tráfico e à bandidagem, estamos agora nos unindo em pequenas Alianças na Defesa da Democracia com Economia de Mercado. 

Nossa divisão não é a do Norte e do Sul na Guerra da Secessão americana. Nosso País está imbricado de tal forma em problemas de difícil solução que teremos de demonstrar nossa forte união e muita paciência, competência e determinação para identificá-los corretamente e resolvê-los, sem arroubos, demagogias e ações improvisadas. Daí conclamarmos:

Na necessidade de nos unirmos em pequenas Alianças locais de apoio ao Estado Democrático de Direito com Economia de Mercado, afirmando que o sofrimento de nosso povo, não tem sido em vão, e que esta nação brasileira, unida e forte, com graça de Deus, resolverá seus problemas pacificamente com liberdade, e que o governo do povo, pelo povo e para o povo, jamais desaparecerá do amplo horizonte de nosso País.
                                          
                                                 São Paulo, 28/10/2018


Sunday, October 14, 2018

Defesa da Democracia

                     EDUCAÇÃO-DEFESA DA DEMOCRACIA

Existe um relativo consenso político que une a sociedade brasileira com seus representantes de que Educação em seu conceito mais abrangente, isto é, não só nos aspectos comportamental, religioso, moral, cívico e cultural, mas também em seus aspectos social, econômico, técnico e científico, constitui a chave de ouro que nos libertará como povo da prisão gerada pela ignorância, pobreza e sofrimento.

Acredito que não é exagero se afirmar que o Brasil como nação está enredado em quase todas as áreas e atividades que nos unem e nos definem como nação por teias invisíveis que tornam extremamente difícil participarmos ativamente do processo civilizatório em que o mundo desenvolvido se encontra. Pior, ainda, encontramo-nos fragilizados pela elevada desigualdade prevalecente nos níveis de educação que dificulta um diálogo honesto e competente entre nós. 

É durante o evento mais importante das sociedades democráticas - as eleições - que essa desigualdade se torna um abismo assustador entre nós brasileiros. Situações inacreditáveis e aterrorizadoras se sucedem no meio de mentiras e verdades, dosadas conforme os interesses dos que disputam o poder em busca de votos. 

Infelizmente, especulações e comentários decorrentes de pesquisas sobre prováveis vitórias e derrotas atormentam continuamente a mente dos eleitores. Ao invés da mídia ajudar a população a escolher seus candidatos, geram um clima típico de jogo de futebol, esquecendo que na eleição temos o poder de escolher livremente nossos representantes que governarão a nação brasileira. Quanto melhor e mais competentes forem eles melhor será para todos nós, pois passadas as eleições todos seremos beneficiados pelas boas escolhas feitas. Apostar (e votar) em palpites somente são admissíveis em hipódromos e estádios de futebol.

Quanto mais baixo o nível de educação e de renda do eleitor, maior é sua certeza de quem será o candidato que o representará e mais propício está ele para assimilar suas mentiras e promessas materiais e sociais inviáveis por falta de conhecimento básico de leitura e de matemática que lhe permitam escapar de candidatos oportunistas. As promessas do demagogo são exatamente voltadas aos carentes que constituem a maioria de nosso eleitorado.  

Do outro lado, o eleitor que tem alguma coisa a perder, porém sem educação, tem certeza que antes mesmo de escolher seu candidato, votará cegamente contra os chamados de esquerda que podem avançar sobre seu patrimônio, esquecendo-se de que seu candidato conservador possa ser incompetente, podendo por a própria democracia e o desenvolvimento de nosso País em risco.  

O destino de uma nação democrática pode se tornar sombrio se seus habitantes vivem numa sociedade desigual. A desigualdade se acentua na distribuição de renda por falta de educação dos estratos mais pobres do país. A igualdade de oportunidades no mercado de trabalho não funciona enquanto a escolas públicas de ensino fundamental e médio não transmitam os conhecimentos necessários para o cidadão sobreviver produtivamente em sociedade. 

O risco que estamos correndo se deve ao fato de que a maioria da classe média brasileira cujos filhos frequentam escolas privadas de elevada qualidade não entenderam que as escolas públicas a que a população mais pobre tem acesso são incapazes de realizar o mesmo com seus filhos. 

O que a classe média brasileira, particularmente a entranhada entre os ricos, não entendeu ainda é o conceito mais simples do que é uma nação. Pelo menos, o de constatar sua realidade prática de gerar uma interdependência real de seus habitantes entre si. 

Nós somos indivíduos porém não somos um ser independente da sociedade. Temos uma identidade, porém somos concebidos, nascemos, crescemos, reproduzimo-nos, vivemos e morremos num processo contínuo de interdependência com a sociedade e o  ambiente natural que nos cercam.  

Enquanto o mundo caminha, ainda que a passos trôpegos, à constituição de uma só nação de terráqueos integrados entre si com busca de harmonia com a vida vegetal e animal em nosso meio ambiente, nós brasileiros teremos de viver ainda muito tempo como nacionais do Brasil com suas leis e todas as más consequências de nossa má distribuição de renda e ausência de educação pública de qualidade para todos no ensino básico e médio. 

Ladrões, bandidos, doentes, pobres, ricos, cultos, ignorantes, e todas as formas de nos qualificarmos e nos identificarmos não devem nos separar de nossa identidade de brasileiro que somos. O caminho de segregação de nossa população em grupos conflitantes destruirá a nação brasileira hoje unida por tantas características comuns que nos enobrecem e nos enriquecem. Devemos lutar contra qualquer tipo de segregação e conviver de forma inteligente com nosso rico ambiente animal e vegetal. E a melhor forma de fazê-lo é por meio de educação ampla e eficiente que torne verdadeira a igualdade de oportunidades para todos em ambiente de liberdade e fraternidade.  

Compete ao nosso Estado Democrático de Direito buscar os meios e instrumentos legais mais adequados e aceitos democraticamente pelos nossos cidadãos representados no governo definir nossos direitos e obrigações. Ao respeitarmos reciprocamente esses direitos e obrigações aplicáveis igualmente a qualquer cidadão brasileiro, devemos tê-los escolhidos e organizados de maneira a compatibilizar os recursos e os dispêndios sem demagogia e populismo. 

É fundamental para nosso aperfeiçoamento e desenvolvimento como nação que a economia brasileira cresça e gere empregos em harmonia com nossa capacitação técnica-profissional a ser assegurada a todos brasileiros, gratuitamente, até o nível médio. E, no nível superior, adotar novos modelos institucionais que reduzam os subsídios públicos que serão reorientados prioritariamente aos ensinos fundamental e médio.

Por outro lado, os critérios hoje adotados de seleção para o ensino de nível superior de quotas deverá gradativamente ser abandonado no prazo de x anos, tendo em vista as oportunidades reais criadas para todos, independentes de cor, raça, credo ou o que seja, pela elevada qualidade a ser atingida pelo ensino fundamental e médio.   

CONDIÇÕES MÍNIMAS DE BOA GOVERNANÇA

Avançar na implantação de medidas favoráveis a tornar a igualdade de oportunidades cada vez mais efetiva; 

Organizar o Estado de forma a que garanta a liberdade de iniciativa e organização de atividades pelo cidadão, desde que respeitadas as regras democraticamente estabelecidas visando a proteção de todos contra abusos e riscos contra sua sobrevivência e saúde; 

Acolher e assistir todos os cidadãos que esporádica ou permanentemente não tenham condições de viver sem ajuda;

Equilibrar econômica e financeiramente as atividades do setor público brasileiro;

Afastar definitivamente as pragas da corrupção, da demagogia, populismo e ideologias que se sobreponham a nossa Constituição; 

Essas são condições mínimas de um Estado Democrático de Direito em que a Lei seja igual para todos sem sobressaltos e conflitos. 

PRECISAMOS DEFINITIVAMENTE DEIXAR DE SONHAR E FRUSTRAR EXPECTATIVAS COM PROMESSAS DE REALIZAÇÕES QUE NÃO ACONTECEM. O PROGRAMA DE MELHORIA DO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO DEPENDE BASICAMENTE DE PROFESSORES QUALIFICADOS E BEM PAGOS. NÃO ADIANTA INSISTIR EM PROGRAMAS E PROJETOS SEM RECURSOS QUE LHES GARANTAM SUSTENTAÇÃO; 

O ENSINO SUPERIOR GRATUITO EM SETORES DISTANTES DE NECESSIDADES IMEDIATAS DE DESENVOLVIMENTO DO PAÍS É UM AFRONTA AOS DESEMPREGADOS DESQUALIFICADOS PARA OCUPAR VAGAS EM ÁREAS TÉCNICAS DE PRODUÇÃO DE QUE TANTO DEPENDE O PAÍS PARA CRESCER E SE DESENVOLVER E ELE PARA SOBREVIVER; 

VAMOS DEIXAR AS LEIS DE PRATELEIRA QUE NÃO FORAM IMPLANTADAS PELO IMPERADOR. ESPERA-SE QUE APÓS QUASE DOIS SÉCULOS ABANDONEMOS O COSTUME DE APROVAR LEIS SEM INDICAÇÃO DE RECURSOS.  
                                                    FIM

Saturday, October 06, 2018

PENSE BEM EM QUEM VOTAR

                     ALERTA AOS DEMOCRATAS 
Posteriormente ao impedimento de Dilma, seu vice-presidente Temer , atolado em denúncias de envolvimento pessoal em crimes financeiros, após aprovar açodadamente algumas reformas necessárias, perdeu a credibilidade e confiança da população para concluí-las em clima democrático. 

A herança para os próximos presidente e governadores em conduzir reformas básicas de caráter político, financeiro e institucional nas duas esferas do setor público e na regulamentação e desenvolvimento do setor privado face às rápidas mudanças causadas pelo mundo digital, é assustadora nesse momento crucial de eleições de Governadores e do Presidente da República. Principalmente, para nossos representantes nas câmaras legislativas estaduais e federal, e no Senado Federal, onde essas reformas serão discutidas e aprovadas. 

O nível de desemprego e as incertezas sobre a capacidade política e a competência de nossos representantes, bem como de sua honestidade não só na acepção chula do termo, qual seja o de não roubar ou deixar que se roubem recursos públicos para se beneficiar disso pessoalmente, mas também em não usar meios de lograr nossa população totalmente vulnerável ao populismo demagógico e parasitário de nosso sistema político, exigem atenção e ação redobradas da diminuta “elite limpa” de nosso país. E é parte dessa “elite limpa” do mundo político que deveremos estar elegendo.

Importância de Nossos Representantes
Na atual conjuntura de se ter eleito um dos dois atuais candidatos favoritos Bolsonaro e Haddad no segundo turno e seus vices para Presidência da República é crucial que sejam escolhidos Deputados e Senadores da mais alta confiança, ou seja, honestos e competentes para evitar problemas como o que enfrentamos com Dilma e Temer. A primeira, incompetente, e o segundo enrolado em denúncias e sem moral para mobilizar congressistas sérios e competentes. 

O primeiro candidato favorito, Bolsonaro, sem nenhuma experiência executiva privada ou pública, salvo a de oficial do exército no início de carreira, tendo dele saído como capitão reformado (aposentado),vai ser eleito com o vice General Mourão, filho do Gal. Mourão que saiu de Minas Gerais e invadiu o Rio de Janeiro antes do dia marcado para o levante de 1964. 

O segundo candidato favorito, Haddad, com experiência adquirida como Prefeito da Cidade de São Paulo  e  Ministro de Educação de Lula, será eleito com a vice, Manuela D’Avila, ex-presidente do Partido Comunista do Brasil, sem experiência nenhuma e cuja formação profissional superior não completada é de jornalismo. 

Caso tenhamos de enfrentar crises como a gerada por Dilma, devemos estar preparados com um Congresso Ficha Limpa e Competente, já que o General Mourão ou Manuela D’Ávila não nos garantem nenhuma segurança. 

Eleitor, não se queixe depois se você votou em Deputado Federal e Senador desonesto e/ou incompetente. 

Thursday, October 04, 2018

Dois Candidatos a Presidente

Biografias de Bolsonaro e de Haddad

I . Biografia de Jair Bolsonaro - Candidato a Presidente
                                                                    Por Dilva Frazão
Jair Bolsonaro (1955) é capitão da reserva do Exército e político brasileiro. Exerce seu sétimo mandato de deputado federal pelo estado do Rio de Janeiro. É pré-candidato à Presidência da República nas eleições de 2018. 

Jair Messias Bolsonaro nasceu em Campinas, São Paulo, no dia 21 de março de 1955. Filho de Perci Geraldo Bolsonaro e de Olinda Bonturi, ambos descendentes de famílias italianas. Foi aluno da Escola Preparatória de Cadetes do Exército, de Campinas. Em 1977 formou-se na Academia Militar das Agulhas Negras, em Resende, Rio de Janeiro. Cursou a Brigada de Paraquedismo do Rio de Janeiro. Em 1983 formou-se no curso de Educação Física do Exército. Chegou a patente de Capitão.

Em 1986 liderou um protesto contra os baixos salários dos militares. Escreveu um artigo para uma revista de grande circulação no país, intitulado “O salário está baixo”. Por infringir o regulamento disciplinar do Exército, foi preso durante 15 dias. No ano seguinte, novos atos de indisciplina foram realizados. A “Operação o sem saída” tinha como objetivos explodir bombas em várias unidades da vila militar da Academia Militar das Agulhas Negras, e em outros quartéis, se o reajuste de salário ficasse abaixo de 60%. O plano foi atribuído a Bolsonaro e ao Capitão Fábio Passos. Em junho de 1988, os militares foram julgados e inocentados. Nesse mesmo ano, Bolsonaro foi para a reserva com a patente de Capitão.
Carreira Política
Em novembro de 1988, Jair Bolsonaro foi eleito para a Câmara Municipal do Rio de Janeiro pelo Partido Democrata Cristão (PDC). Em outubro de 1990, foi eleito deputado federal pelo PDC. Renunciou o mandato de vereador e tomou posse na Câmara dos Deputados em 1991. Em 1993, participou da fundação do Partido Progressista Reformador (PPR), nascido da fusão do PDC e do Partido Democrático Social (PDS).

Ainda em 1993, envolveu-se em uma polêmica ao alegar que a existência de muitas leis atrapalhava o exercício do poder e defendeu o retorno do “regime de exceção” e o fechamento temporário do Congresso Nacional. Declarou que “num regime de exceção, o chefe, que não precisa ser militar, pega uma caneta e risca a lei que está atrapalhando”. O deputado Vital Rego, o Corregedor do Congresso, solicitou ao Procurador-Geral da República, Aristides Junqueira, o início de uma ação penal por crime contra a segurança nacional, ofensa à Constituição e ao regime interno da Câmara.

Em 1994 foi reeleito e voltou a pedir o fechamento do Congresso Nacional e declarou: “Prefiro sobreviver no regime militar a morrer nesta democracia”. Candidato à reeleição, em sua plataforma de campanha incluía a luta pela melhoria salarial para os militares, o fim da estabilidade dos servidores, a defesa do controle da natalidade e a revisão da área dos índios ianomâmis, cuja extensão considerava absurda.  Foi mais uma vez indicado para a Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público da Câmara. Em 1995 filia-se ao Partido Progressista Brasileiro (PPB), resultado da fusão do PPR com o PP.

Em 1998, exercendo seu terceiro mandato de deputado, se candidatou ao cargo para presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, provocando a reação de vários setores da sociedade, uma vez que o político publicou na imprensa que defende a pena de morte, a prisão perpétua, o regime de trabalhos forçados para condenados, a redução da maioridade para 16 anos e o rígido controle da natalidade como maneira eficaz de combate à miséria e à violência.

Em 2002, foi eleito pela quarta vez ao cargo de deputado federal pelo PPB, mas nesse mesmo ano, filia-se ao PTB. No início de 2005 deixa o PTB e filia-se ao PFL. Em abril, deixa o PFL e filia-se ao Partido Progressista (PP). Em 2006 é eleito para seu quinto mandato. Assume a titularidade das comissões de Constituição e Justiça e de Cidadania, de Relações Exteriores e de Defesa Nacional e de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado.

Em 2008, em audiência pública, envolve-se em nova polêmica ao combater a demarcação contínua realizada pelo governo federal na reserva indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima, que gerou conflitos entre agricultores e indígenas. Alegando que a demarcação seria um risco à integridade nacional, colocou-se contra o ministro da Justiça Tarso Genro (PT). Na ocasião, o representante indígena atirou água no deputado. Em 2009, o PC do B entrou com uma representação contra o parlamentar por quebra de decoro.

Em 2014, Jair Bolsonaro foi reeleito para o seu 7º mandato. Ficou conhecido na mídia por suas declarações polêmicas, intrigas com seus colegas da Câmara e com entidades representantes de negros e homossexuais. Insultou e foi insultado por adversários. Ofendeu a deputada Maria do Rosário dizendo que não a estupraria porque ela não merecia. Tornou-se réu no Supremo Tribunal Federal por incitação ao estupro. Em 17 de abril, durante a votação do impeachment da presidente Dilma, dedicou seu voto a um torturador da ditadura militar. Em março de 2016, filiou-se ao PSC, mas entrou em conflito com a liderança do partido.
Família
Jair Bolsonaro foi casado com a vereadora Rogéria Nantes Nunes, entre 1993 a 2001. Juntos tiveram três filhos: Carlos Bolsonaro (vereador do Rio de Janeiro), Flávio Bolsonaro (deputado estadual do Rio de Janeiro) e Eduardo Bolsonaro (deputado federal por São Paulo). Foi também casado com Ana Cristina Vale, com quem teve um filho. Em 2013 casou-se com Michelle, e com ela tem uma filha.
Atentado a Bolsonaro
No dia 6 de setembro de 2018, Jair Bolsonaro foi esfaqueado no abdômen no momento em que estava no meio de uma multidão fazendo campanha eleitoral na cidade mineira de Juiz de Fora. Bolsonaro foi levado para a Casa de Misericórdia, onde se submeteu a uma cirurgia. A facada atingiu o intestino delgado e o intestino grosso. Depois da cirurgia, Bolsonaro foi transferido para o Hospital Albert Einstein em São Paulo. No dia 13, depois de diagnosticado com aderência no intestino, Bolsonaro foi submetido a uma cirurgia de emergência e encontra-se em recuperação. O agressor foi preso e levado para a Polícia Federal para prestar esclarecimentos.

Biografias do General Reformado Hamilton Mourão 
Candidato à Vice Presidente na chapa de Bolsonaro,
bem como de seu conhecido pai General Mourão Filho pela sua importante participação no golpe militar de 1.964

Bolsonaro e seu Vice entraram no início de 2018 ano no Partido PSL, criado em 1.998, em Pernambuco, e foram indicados pelo partido como seus candidatos à Presidência em coligação com o PRTB, fundado, em 1997,  pelo projetista do Aero-Trem Levy Filélix.  Este partido apoiou a eleição de Dilma, em 2.010, já tendo acolhido a candidatura de Fernando Collor a Prefeito de São Paulo, em 2.000.
Biografias:

Partidos

         

Observações de E. J. Daros: Desconheço o partido PSL que lhe deu guarida, exceto do criador do partido coligado PRTB, Levy-Felix, que desenvolveu um protótipo de trem elevado circulando em colchão de ar. Desconheço, também, os desígnios de Bolsonaro e sua família.  É realmente surpreendente os três filhos e sua primeira esposa todos eleitos representantes do povo nos legislativos das três esferas de governo.



II. Biografia de Fernando Haddad – Candidato a Presidente


“O desafio da esquerda é buscar a unidade perdida entre crítica e ação. (...) A esquerda crítica não age e a esquerda que age não é suficientemente crítica” 
Link para matéria: 
https://www.nexojornal.com.br/ expresso/                             


Vice_Presidente – Manuela D’Ávila


Observações de E. J. Daros:

Haddad reúne um conjunto de diplomas no ensino superior de fazer inveja aos estudiosos que buscam entender “intelectualmente” nosso mundo. Extremamente importante para a juventude que disponha de recursos financeiros, inteligência e interesse em desenvolver suas potencialidades.  Ele foi parte da juventude brasileira que viveu durante a ditadura militar. Os estudantes nessa época alimentavam o desejo de tornar a nação brasileira mais humana e igualitária e voltavam suas mentes para os ensinamentos de Marx e sobre a experiência socialista marxista na União Soviética e seus olhos para CUBA de Fidel Castro e Che Guevara.

Haddad, estudioso do marxismo e de tudo em torno de sua evolução e transformação, como ideologia e prática, revela claramente seus interesses por meio dos títulos de suas teses. Em seu mestrado em economia foi “O caráter sócio-econômico do sistema soviético e no de doutorado em filosofia  com o trabalho “De Marx a Habernas...”. É bom lembrar que já era, nessa época, bacharel em Direito. Todos seus diplomas são da USP. Era tamanho o interesse de Haddad como funcionava o sistema soviético que passou pela Universidade Mc Gill, no Canadá, em 1989, como estudante visitante para aprimorar sua tese sobre esse assunto apresentada na Faculdade de Economia e Administração - FEA da USP.

Quem imagina ele ser um marxista radical ao estilo dos bolcheviques engana-se, pois em seus trabalhos relativos a seu doutorado ele se coloca ao lado de intelectuais marxistas interessados em análises entre o socialismo utópico, inspirado por Marx e suas teorias, e o real em que a União Soviética  apresentava como exemplo a violência e o cerceamento da liberdade.  Afinal, foram 15 anos de estudos de graduação, sendo 11 anos girando em torno de Marx e os intelectuais ligados às “boas raízes” do marxismo nos diferentes campos das ciências sociais. Haddad prestou concurso e se tornou professor de Ciência Política na USP, em 1989, com 34 anos.

É estranho, porém, que depois de 35, isto é, desde os 20 anos, até hoje com 55 anos, continuasse no PT, após ter presenciado tantos escândalos, mentiras, ilusões e até alucinações que esse partido sob o comando de Lula e Dilma impuseram às classes sociais carentes de cultura, educação e conhecimentos para viverem melhor e utilizarem o seu voto como forma de sair do círculo vicioso da pobreza e miséria em que ainda se encontram. 

Neste mundo de meias verdades e complexo em que vivemos é necessário muito esforço e competência para distinguir e separar o joio do trigo. Isso ainda falta às classes mais pobres seguidoras de Lula. O exemplo mais notório é a sua incapacidade de comparar os gastos públicos feitos pelo PT em projetos de sentido social com os mais necessitados e as transferências financeiras embutidas em empréstimos subsidiados a empresários somados a operações fraudulentas beneficiando a grupos empresariais participantes de esquemas de propinas criminosas. Ou a escolha feita por Dilma da demagogia de abundância para garantir a “felicidade” de curto prazo com endividamento público crescente, elevação de preços e de adoção de expedientes notoriamente paliativos em detrimento da estabilidade econômica, política e social dela decorrente.  E, o uso do populismo demagógico, utilizando meios de comunicação de massa para divulgar mentiras como já se fez na eleição de Dilma e agora se repete na disputa de votos para Haddad, afirmando que a solução do problema econômico reside em colocar mais dinheiro para circular e “trazer de volta a felicidade a nosso povo desempregado”, como se a crise atual não decorresse dessa política usada por Dilma e Mantega nos seus primeiros dois anos de governo.

Graças a isso Dilma não teve mais condições políticas e de apoio da população para levar adiante suas propostas heterodoxas de controle de gastos públicos e endividamento diante da realidade inflacionária crescente já em torno de dois dígitos e déficit público incontrolável.

O PT não é um partido político ao estilo das democracias ocidentais. Ele reúne um ”popourri de ideias e propostas” que o diferencia dos demais por se considerar um partido com “ideologia e ética no trato da coisa pública (sic)”. Na realidade é um conglomerado de pessoas com ideologias individuais e muitas delas, simplesmente, oportunistas. Provavelmente, resultante do traço do líder carismático e populista Lula, cujo período em que ocupou a presidência o Brasil foi-lhe financeira e economicamente muito favorável para caracterizá-lo como Pai dos Pobres. Não obstante, pouco realizou em reformas necessárias para garantir o desenvolvimento a longo prazo de nosso País. Acolheu a população mais pobre secularmente esquecida. Administrou uma política secreta destinada a grandes empresários, políticos e a países considerados “esquerdistas” concebida nos desvões da intelligentsia  petista, tendo encerrado sua administração com popularidade muito alta. Desprezando nomes de candidatos de seu partido mais apropriados para o cargo, indicou uma “gestora” qualificada para garantir a permanência do PT na presidência. A campanha se resumia no que Lula dizia. Além disso, não foram poupados recursos para se burlar o eleitor por meio de artimanhas de empresa de marketing político cujo único objetivo era tornar sua escolhida eleita.

Novamente, numa situação de completo desastre na gestão política, administrativa  e financeira do País com o próprio ex-presidente Lula recolhido na cadeia, volta a usar seu cacife eleitoral ao indicar seu sucessor um intelectual flexível a sua manobras e mentiras. Basta assistir a promessa de Lula: os oito anos de sua gestão que terminou em 2010 voltarão para a felicidade e gáudio de todos. Dilma foi esquecida e Haddad tornou-se Lula.
                                 
III. PENSE EM QUEM VOTAR por E. J. Daros

ALERTA

Posteriormente ao impedimento de Dilma, seu, atolado em denúncias de envolvimento pessoal em crimes vice-presidente Temer financeiros, após vitórias em aprovar algumas reformas necessárias perdeu a credibilidade e confiança da população.

A herança para o próximo presidente em conduzir reformas básicas de caráter político, financeiro e institucional nas três esferas do setor público e na regulamentação e desenvolvimento do setor privado face às rápidas mudanças causadas pelo mundo digital, é assustadora nesse momento crucial de eleições de Governadores e do Presidente da República e, principalmente de nossos representantes nas câmaras legislativas estaduais e federal, e do Senado Federal, capazes de enfrentá-la.

O nível de desemprego e as incertezas sobre a capacidade política e a competência de nossos representantes, bem como de sua honestidade não só na acepção chula do termo, qual seja o de não roubar ou deixar que se roubem recursos públicos em seu benefício político ou pessoal, mas também em não usar meios de lograr nossa população totalmente vulnerável ao populismo demagógico parasitário de nosso sistema político, exigem atenção e ação redobrada da diminuta “elite limpa” de nosso país. 

Importância de Nossos Representantes

Na atual conjuntura de se ter eleito um dos dois candidatos acima e seus vices para Presidência da Repúlblica é crucial que sejam escolhidos Deputados e Senadores da mais alta confiança, ou seja, honestos e competentes para evitar problemas como o que enfrentamos com Dilma e Temer. A primeira, incompetente, e o segundo enrolado em denúncias e sem moral para conduzir congressistas sérios e competentes.

O primeiro candidato, Bolsonaro, sem nenhuma experiência executiva privada ou pública, salvo o de oficial do exército no início de carreira, tendo dele saído como capitão reformado (aposentado),vai ser eleito com o vice General Mourão, filho do Gal. Mourão que saiu de Minas Gerais e invadiu o Rio de Janeiro antes do dia marcado para o levante de 1964.

O segundo candidato, Haddad, com experiência adquirida em administração e ensino superior ao ter sido Ministro de Educação de Lula, com a vice ex-presidente do Partido Comunista do Brasil, sem experiência nenhuma cuja formação superior não completada é de jornalismo.

Caso tenhamos de enfrentar crises como a gerada por Dilma, devemos estar preparados com um Congresso Ficha Limpa e Competente.

Eleitor, não se queixe depois se você votou em Deputado Federal e Senador desonesto e/ou incompetente.

                       Grato pela Atenção









Friday, June 22, 2018

Assessor ou Secretário

Passando por banca de jornal li manchete da Folha “ex-assessor de Alckmin” é preso. Como ainda não decidi em quem votar parei para ler. Qual não foi minha surpresa. Em letras miúdas, logo abaixo da manchete consta o nome do acusado:  “Laurence Laurenço que foi secretário de Transportes no governo de SP”;  e que “tucano”(sic), sem identificação, diz que “prisão não afeta campanha”.

O que entendi inicialmente é que Laurence Laurenço foi preso. E que foi ex-assessor de Alckmin; e que também foi secretário de transportes no governo de São Paulo, sem dizer quando. Finalmente, lendo o resto do texto da primeira página, matei a charada. A Folha usou ex-assessor como sinônimo de ex-secretário. Por que será? São as sutilezas da mídia isenta!

Monday, June 11, 2018

DEMOCRACIA CAMBALEANTE


A democracia brasileira se encontra estressada e cambaleante. A falta de ética enredada e oculta em nossa cultura centenária brotou violentamente no corpo político, principalmente associado a empreiteiros de obras públicas; o tráfico de drogas já atingiu o nível de uso de metralhadoras nas disputas de traficantes entre si e com a polícia na defesa de seus territórios; a ignorância do brasileiro, antes contida em ambientes fechados, hoje circula incontrolável e deletéria com imagens e vozes pipocando em celulares, nova fonte de vício. Nesse quadro assustador, surgem os chamados “caminhoneiros” insatisfeitos com os fretes que recebem e a oscilação dos preços internacionais do Petróleo e seus derivados. Focados no diesel que consomem, paralisaram criminosamente o transporte de mercadorias no País. Na qualidade de reféns assustados e despreparados, membros do Gabinete da Presidência aceitaram inocular no Brasil, de novo, o veneno do controle de preços que destrói a principal base da democracia: a economia de mercado. E pasmem, os que ainda se surpreendem, a Presidência da República se transformou agora em negociadora de fretes entre transportadores de mercadorias e seus clientes em todo nosso território de 8,5 milhões de km2 e população de 207 milhões; bem como do preço do diesel na bomba de centenas de milhares de postos de gasolina. Além disso, em fiscal dos fretes e preços fixados. Que Deus nos acuda! E os economistas com curso superior em universidades confiáveis manifestem-se, pois nossa Democracia se encontra cambaleante.

Thursday, May 31, 2018

Carta a José Simão

Meu caro José Simão,
minha esposa e eu costumamos iniciar o dia rindo das infinitas situações em que seu gênio humorístico encontra em nosso dia a dia de um povo que quer mudar o Brasil sem mudar a si próprio, eu mesmo em processo de mudança, ainda cidadão invisível, pertencendo a essa classe que chega a dezenas de milhões.
 O mais chocante foi ouvir a palavra de ordem de Ulisses Guimarães após ter sido aprovada a nova Constituição, elevando-a em sua mão para o alto e gritando:" Muda Brasil". Hoje tão "PECteada" que está a merecer uma nova Constituinte. Naquele momento, sem ter sua verve humorística, eu gritaria: "Para onde excelência?; só se for para Marte, longe de nós brasileiros !
 Muito obrigado pelos momentos de riso e descontração que você nos proporciona. E.J. Daros
 

PS Não sei se movidos pelas risadas provocadas em seu texto continuamos rindo ao ler na Seção Turismo a reportagem sobre EGITO. Nela consta que foi aprovada uma lei que prevê multas para casos de assédio a turistas. E que, segundo a reportagem, "vale para qualquer um pedindo esmola ou gorgeta". O valor da multa é de 10 mil libras egípcias. Pesquisei o valor em reais hoje seriam R$ 2.088,00 !!!. Como diriam os árabes brasileiros: "os primos egípcios exageraram" No Brasil a polícia põe os infratores meninos e mendigos para correr!