O
infinito existe porque acreditamos que ele existe. Em outras palavras, ele não
é passível de verificação ou medição porque, então, deixaria de ser infinito.
Ao
indagar ilustre advogado sobre o prazo de julgamento do juiz sobre recurso que ele
apresentou em processo de meu interesse, a resposta tem sido sempre a mesma:- não tem prazo. Respondo-lhe, então: -o prazo pode ser infinito? Sua resposta
é imediata: - não é infinito, ele vai
julgar-. Insisto, ainda: -se ele vai
julgar algum dia, há um prazo incerto, porém provável. Qual seria o prazo
provável? - A resposta do advogado é rápida e certeira: - não tem prazo provável.
Despeço-me, respeitosamente, encerrando um
diálogo que não levou a nada. O prazo não é infinito, graças a Deus! O processo
será julgado, porém em prazo imprevisível. Nessas condições posso afirmar com
toda segurança que não será infinito como conceito filosófico, mas poderá sê-lo
para mim. Afinal, nossas vidas são limitadas no tempo e o meu infinito se vai
para sempre comigo.