Racismo e Colorismo
O IBGE classifica-nos, segundo nossa própria avaliação,
em quatro cores: Brancos, 42,7%, Pretos 9,4%, pardos 46,8% e amarelos ou indígenas,
1,1%. Deixando esses últimos em paz cuja “amarelitude e indigenação”
não alteram nossa análise, considero somente as cores: Branca, Preta e Parda; que traduzo esta última como Moreno que, na boca do povo subdivide-se
em moreno claro, simplesmente moreno e moreno escuro, reservando ao preto a qualificação de negro retinto. Atualmente, a falsa intelectualização
popular tenta convencer nosso povo que existem no Brasil somente duas cores: a
de negros, com a inclusão dos pardos, somando então 56,2 % da população
brasileira, e a de brancos, com 42,7%. É
o “colorismo” dando força ao “racismo”! É uma atitude totalmente infantil e
improvisada sem nenhum valor científico, pois o conceito de racismo já foi
enterrado no século passado. No planeta em que nascemos, vivemos e morremos, a
raça humana é uma só com níveis insustentáveis de desigualdade. Está na hora da ciência impor sua
disciplina, sem esquecer, obviamente, do objetivo principal que é buscar condições
ambientais, culturais, de saúde, segurança e principalmente de educação mais
igualitárias a toda nossa população de vários matizes de cor de pele que sofre
discriminações e abusos intoleráveis.
Eduardo José Daros
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556 SP/SP Tel 11-98444-0941 Encaminhado ao Estadão 20/11/2020