Wednesday, October 30, 2019

CUSTO DE ACIDENTE RODOVIÁRIO

                               Custo de Acidente Rodoviário
                                                                                                    E. J. Daros
É possível se calcular o custo de um acidente rodoviário? É óbvio que sim! Ao contrário de produtos e serviços produzidos no mercado desejados e comprados pela sua utilidade, o custo do acidente é execrado por todos nós por se tratar de prejuízo, muitas vezes acima da possibilidade de ser pago pelos responsáveis por sua ocorrência. Se houver feridos e mortos, ou mesmo prejuízos materiais elevados, a proporção dos custos pagos pelos envolvidos é irrisória. Parte significativa da conta é nossa; paga indiretamente por meio de impostos e, também, quando transitamos em demorados congestionamentos e longos desvios causados pelo acidente. Em outras palavras, grande parte, ou até mesmo a totalidade dos custos dos serviços públicos prestados em decorrência do acidente com ambulâncias, hospitais, policiais, controles de trânsito, delegacias e registros de ocorrências, limpezas e reparos na infraestrutura viária, e até mesmo o envolvimento dos acidentados na dispendiosa justiça brasileira, é o governo que paga. É mais do que hora de calcular o custo de acidente rodoviário e cobrar de quem deve pagá-lo. Garanto que o número de acidentes rodoviários vai diminuir, inclusive com a melhoria das pistas e da sinalização de responsabilidade do próprio governo ou de empresa concessionária. Dinheiro público para cobrir custos de acidentes rodoviários ao invés de financiar educação fundamental gratuita de comprovada qualidade para nossa população pobre é injustiça social e traição às leis de mercado livre.
PS Esta opinião foi encaminhada ao Estadão. Provavelmente, não foi publicada, Nós continuamos a trilhar o caminho de não apropriar os custos privados de transporte rodoviário envolvidos no trânsito de veículos motorizados nas vias públicas urbanas e interurbanas. Nada justifica os elevados custos de construção, manutenção, recuperação, operação e fiscalização de vias públicas no meio urbano e interurbano. Muito menos, manter o pagamento de taxas e impostos que não levem em conta o peso, o volume e as distâncias percorridas por diferentes tipos de veículos.