Thursday, May 17, 2012

BOM CARÁTER GENÉRICO

Infelizmente, o bom caráter não tem genérico; tampouco fórmula protegida em patente que possa ser disseminada. Todavia, há culturas em que o mau caráter é disseminado na população e comanda a conduta de pessoas com grande inteligência e invejáveis conhecimentos, permitindo-lhes ocupar posições elevadas nas instituições políticas, empresariais, educacionais, enfim, indivíduos que conseguem afetar negativamente todo o espectro de atividades, como acontece em nosso País, a ponto de muitos desmoralizarem a nação brasileira com o epíteto de “nação sem caráter”.Trata-se, obviamente, de injusto exagero aplicado a uma endemia crônica que nos atormenta desde o descobrimento. Há remédios para esse mal. Infelizmente, sem trocadilho, estou diante de dúvida atroz em assunto que diz respeito a minha saúde física. O medicamento que devo tomar custa R$ 0,64 o comprimido, se for o genérico produzido em Anápolis, Goiás, por um laboratório brasileiro da gema. O genérico, mais barato, de respeitável laboratório multinacional custa, aproximadamente, R$ 2,00. Como soube que Carlinhos Cachoeira é dono de laboratório licenciado pela ANVISA e que nela há maracutaias em investigação, consumirei o mais caro e considerarei o excedente pago como CUSTO BRASIL. Para que os bons laboratórios brasileiros não sofram as conseqüências do mau-caratismo e considerando que a produção de genéricos autênticos foi um marco para a preservação da saúde dos mais pobres em nosso País, solicito à ANVISA que cumpra o Decreto da Transparência aplicando-o aos produtores de genéricos no Brasil, informando-nos o seguinte: a. Ligações com laboratórios estrangeiros, se houver; b. Diretoria e Presidente; c. Currículo completo do Farmacêutico Responsável, tanto de formação acadêmica (universidade, pós-graduação,..), como de experiência no setor. Finalmente, solicitamos à ANVISA que nos apresente atestados anuais de qualidade dos medicamentos genéricos produzidos pelos laboratórios licenciados, emitidos por conceituadas faculdades de medicina.
                                             FIM
Nota:Enviada a Cartas do Leitor do Estadão. Até 25/04/2012 não publicada.

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