Saturday, September 26, 2009

OH, DIACHO

No Brasil avançou-se muito no chamado “hardware”, até porque seguem padrões internacionais e têm que funcionar. Caso contrário as empresas produtoras iriam para o brejo. Quanto ao “software”, isto é, os sistemas e processos que garantem a boa utilização de instrumentos e equipamentos que os maravilhosos avanços tecnológicos nos proporcionam, aí a porca torce o rabo. Infelizmente, não conseguimos ainda vacinas que impeçam a sua contaminação por vírus culturais degradantes, das piores espécies, que conseguem sobreviver várias gerações por meio de contínuas mutações. A vida no Brasil, em ambiente natural maravilhoso, que poderia ser bem melhor, é atacada por vírus culturais que resistem a ponto de aculturar, também e tão bem, os sistemas e processos do mundo moderno. Não é de se estranhar que Tom Jobim tivesse captado com tanta sensibilidade nosso humor em sua canção Felicidade que diz: “...tristeza não tem fim, felicidade sim...” Numa linguagem bem a meu estilo, eu diria: aporrinhação não tem fim, alegria sim! Ou como diz o povão: “alegria de pobre dura pouco”; ou, então, “quando o milagre (referindo-se a coisas e situações que estão indo muito bem) é grande, até o santo desconfia”. O telefone e a internet são dois instrumentos maravilhosos. Acordei esta manhã alegre, diposto, e decidi fazer uma rápida cotação de preços de um produto que desejo comprar. Em alguns segundos estava na minha tela a foto e tudo mais sobre o produto. Sem preço, o fabricante indicava as lojas no Brasil a fora que o vendem. Escolhi uma, rapidamente, e anotei o telefone. Tentei ligar três vezes e somente ouvia aquela frase antipática: “esse telefone não existe” Alguém vindo de um país “descontaminado” acharia que sou louco. Bastaria ter ouvido uma vez que o telefone não existe para ele não mais perder seu tempo. Insisti três vezes, e não uma quarta, como já fiz no passado e consegui, finalmente, completar a ligação APESAR DA INFORMAÇÃO MENTIROSA DA TELEFÔNICA, simplesmente porque não agüento mais essa chateação “sem fim”. Liguei, então, para o serviço de informação 102 que me forneceu o telefone de uma das lojas. Liguei em seguida e depois de ouvir o sinal de chamada várias vezes, surge do nada o antipático SINAL DE FAX. Oh, diacho! Por que a loja e a telefônica não chegam a um acordo para atender nossa população sem aporrinhação? Simplesmente porque há operadores brasileiros e estrangeiros contaminados pelos vírus que se transmitem para os sistemas e processos. Permanecem no ar hipóteses e mais hipóteses: Será que o telefone que apareceu na tela de meu computador existe e a Telefônica, operando com sistema degradado, informa que ele não existe? Ou será que a loja não se preocupa em atualizar seu telefone, maltratando os que dele necessitam? Ou será, ainda, que os dois sistemas estão degradados? Será que o sistema de informação da Telefônica, quando se usa o 102, está programado a dar telefones ligados a fax? Ou será que a empresa não atualiza seu cadastro na Telefônica? Ou será que fui vítima de escolha aleatória da telefonista que indicou um número de fax por acaso, já que a empresa que tem lojas espalhadas pela cidade não pensou em fornecer um telefone só em caso de consulta somente pelo nome da empresa? Acho que já desabafei e descarreguei minha raiva. Perdão aos que leram este e-mail sem fim feliz. Coloco meu BLOG a sua disposição também para iniciarmos uma guerra contra a degradaçào de sistemas e processos em nosso País e por osmose eliminar de nossa cultura os vírus da degradação.

No comments: