Sunday, December 27, 2009

DILMA ROUSSEFF

Como raramente se apresenta sem Lula ao lado, para conhecê-la, resta-nos a imaginação. Para mim é a tecnocrata dos números e da lógica marxista enraizada na luta de classes. Ao contrário dos políticos que mentem e mistificam por cultura e tradição, e logo adiante mudam suas versões, ela aprendeu a mentir na dureza da ditadura militar, usando vários nomes e utilizando todas as diatribes possíveis e impossíveis para não ser descoberta pelos militares e sofrer na carne as conseqüências disso. Suas mentiras são definitivas e doloridas. Também, ao contrário dos políticos, ela aprendeu a não perdoar a traição, pois sua integridade física estava em jogo. Para Lula, a grande empresa é o ambiente de grandes jogadas entre trabalhadores e dirigentes, em que aqueles buscam maximizar seus salários, sem por em risco seu emprego e a sobrevivência da empresa em que trabalham. A negociação é a coluna de sustentação do sindicalismo de Lula. A eliminação da expansão do capital privado, especialmente estrangeiro, e sua substituição pela estatização dos investimentos formam a coluna mestra de Dilma, que não comia pizza, não tomava cerveja e tampouco andava de automóvel durante a ditadura, nos privilegiados municípios do ABC. Ao contrário de um Lula da paz e amor que diz e se desdiz, rindo com simpatia e olhar de quem está de bem com a vida, teremos uma Dilma ao estilo de Margaret Thacher, ainda que ideologicamente ao avesso. Pouco riso, muito trabalho e pressão violenta para conseguir seus objetivos. Não é por acaso que aquela se identificou com a imagem da Dama de Ferro ao conseguir liberalizar a economia inglesa engessada pelo estatismo do Partido dos Trabalhadores. E Dilma deseja percorrer o caminho inverso: ser lembrada como a que resgatou as bandeiras nacionalista de Brizola e socialista do PT, conseguindo engessar nossa economia, de novo, com pesadas e poderosas empresas estatais. Vamos ver como nosso País reagirá à verdadeira Dilma que Lula insiste em esconder com o bordão de “Mãe do PAC”. Do brasileiro, obviamente, já que o PAC italiano, de Césare Battisti, Proletários Armados pelo Comunismo, seria um desastre eleitoral para Dilma. O sistema de bancos privados merecerá a “atenção especial” dela no primeiro mandato, se eleita. No segundo, se houver, caso Lula não seja resgatado pelos bancos, será a vez da indústria que ainda mama no governo, particularmente as empreiteiras de grandes obras. Espero que este texto seja mera fantasia de quem somente conhece Dilma Vana Rousseff como “mãe do PAC” e filha política de Lula.

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