Thursday, May 14, 2009

FGV

A FGV está na berlinda sem que ninguém explique os termos do contrato e quem foram os consultores técnicos contratados para o estudo de reestruturação dos serviços administrativos do Senado. A legislação permite que o setor público a contrate sem licitação, assim como faz com entidades públicas de ensino e pesquisa e outras organizações não-lucrativas. Como nas concorrências do setor público o custo do serviço é fator predominante na escolha, consultores técnicos de alto nível têm dado preferência a prestá-lo a empresas privadas. Nelas, a escolha se faz com base na relação custo/benefício do serviço, que leva em conta, também, os resultados conseguidos com a implantação dos estudos e projetos propostos pelos consultores. Enquanto isso, nos contratos do setor público com entidades sem fins lucrativos tem havido certa liberalidade na aceitação – havendo casos de direcionamento - de subcontratação de serviços administrativos e de consultoria técnica realizados por profissionais não pertencentes ao quadro permanente da instituição contratada. Seria interessante que a Folha, tão alerta em desvendar os intrincados interesses envolvidos no jogo político, também o fosse em relação à contratação de serviços profissionais de técnicos de alto nível pelo setor público. Afinal, um estudo de reestruturação administrativa do Senado Federal visando à sua racionalização que produz uma redução de despesas inferior a 1% exige explicação convincente para que não se pense o pior.
FIM

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