Tuesday, March 24, 2009

Dilma concebe plano de banda larga para escolas sem coordenação com Estados

Se não tivesse lido o artigo todo de Elvira Lobato e Antônio Góis publicado na Folha (24/3) com o título bombástico "SP recusa internet gratuita do governo federal para escolas", teria concluído que Serra pirou. Nele se informa que “A Secretaria da Educação de São Paulo diz que suas 5.537 escolas já possuem banda larga mais veloz e mais segura”. Em outro trecho, contudo, escreve que “São Paulo foi o único Estado a recusar a banda larga federal.” E esclarece que sete Estados que também possuem rede própria de banda larga (CE, SC, PR, MG, PE, MA e PA) aproveitaram a oferta da União como conexão adicional, “mas criticam a superposição de redes.” Em seguida transcreve opinião de autoridade no assunto: "Não faz sentido implantar banda larga onde ela já existe. É desperdício de recursos para o governo federal e para os Estados", diz Joaquim Costa Júnior, presidente da Abep (entidade que reúne as empresas de tecnologia dos Estados). Qual a razão de tanta confusão? “Ele (o plano) foi costurado pela ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) com as companhias telefônicas, no ano passado, sem discussão prévia com os Estados”, comenta a reportagem da Folha. Portanto, o título da reportagem deveria ser o que encabeça este nosso comentário e não, a quase acusação, de que SP recusou internet gratuita do governo federal para escolas.

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