Tuesday, March 24, 2020

Estratégia contra o Coronavirus


                                                                                                                                   E. J. Daros
Estou “de castigo”, enclausurado, não por minha falecida mãe por peraltices infantis, mas pela obrigação moral de todos nós de não colocar em risco nossas famílias. Vamos ao que nos interessa:

 I - Sem dúvida nenhuma, há indivíduos competentes em todos os cantos de nosso País, que estão pensando e agindo para nos tirar dessa verdadeira tragédia em que estamos metidos;

II - Felizes os países, porém, que estão em guerra somente com o vírus;

III - Apesar de sermos o sexto país em população, vivendo em saudável território, não conseguimos ser ainda uma nação integrada por pessoas com valores, costumes e comportamentos civilizados que nos garantam um clima de paz e segurança, e, acima de tudo, de solidariedade e fraternidade;

IV - A ignorância e a falta de ética, estão presentes em todas as nações. Contudo ,vicejaram e cresceram em nossa sociedade a ponto de se impregnarem em nossas vidas e derrotar-nos na busca de uma felicidade e harmonia fraternas entre nós brasileiros;

V - É nesse ambiente que está surgindo com força extraordinária: a vontade de mudar para melhor, tendo se manifestado claramente no combate à corrupção e no acesso à educação, em particular ao conhecimento científico;

VI - O Estado, instituição que abriga autoridades governantes em instituições públicas para assistirem a nação constituída por nós cidadãos na busca de um Brasil mais fraterno e igualitário, encontra-se num período crítico de adaptação à nova realidade cujos contornos ficam cada vez mais claros;

VII - É nesse cadinho de efervescência que acabamos de ser atingidos pelo coronavírus, trazendo à tona situações que exigem conhecimento científico, acima de tudo, e, principalmente de políticos com elevada capacidade de raciocínio e conhecimento científico básico, pelo menos, capaz de liderar a mobilização e coordenação das forças necessárias a resolver o desafio criado pela presença desse vírus no Brasil.

Não pude deixar de pensar, vendo os programas de televisão e lendo jornal, que ainda não encontramos o caminho de saída dessa tragédia, não obstante muitos participantes em entrevistas e comissões e comitês governamentais indicarem soluções e trazerem conhecimento e práticas adotadas em outros países que teriam sido vitoriosas.  

Hoje, porém, cansado de ouvir repetições e mais repetições de dados  de mortos e contaminados, assim como soluções piegas, sem pé e nem cabeça, para a questão assustadora do efeito desse vírus e de suas consequências num pais de pobres desempregados, resolvi ouvir a CNN e lá tive  a satisfação de escutar o Governador do Estado de Nova Iorque apresentar suas ponderações e proposta de solução. Fiquei entusiasmado com sua manifestação. Em resumo seria a seguinte;

1.     O Coronavirus  tem de ser derrotado sem trazer sofrimento e mais mortes, tanto no período de luta como depois dela;

2.     E é isso, infelizmente, que vai acontecer, pela falsa estratégia de se dissociar saúde pública e economia pública;

3.     O recolhimento imposto ao povo em suas residências e a interrupção da produção e consumo da sociedade além de um período curto, vai produzir mais mortes e sofrimento, pois os recolhidos mais pobres sofrerão por falta de atendimento de suas necessidades de tratamento e carência de recursos para enfrentar não só suas doenças crônicas como alimentação adequada;

4.     Os dois insumos básicos para garantir menos mortes são os TESTES e o RESPIRADOR. Tão necessários para o período mais crítico, como depois, pois a vacina não estará disponível a curto prazo;

5.     Sua proposta é manter os idosos em quarentena e liberar os outros, utilizando o período de quarentena para intervenção na indústria de TESTES e de RESPIRADORES para produção em massa obrigando-se o Governo a comprar e distribuir a produção no período de intensa produção;
   
      6.    Os mais velhos poderão ser segregados em sua próprias casas, reformadas, se necessário com financiamento público, ou em outros locais adequados;           os jovens seriam mantidos em seu empregos e, os desempregados seriam           recrutados para as atividades necessárias à ampliação maciça e rápida (tipo         três turnos) dos equipamentos e instalações de aumento de oferta hospitalar;
   
      7.  O Governador de Nova Iorque diz que as mortes e sofrimentos serão bem          menores dos causados no processo de desarticulação do processo de                    produção , consumo e investimento resultante de recolhimento prolongado.

Minha opinião é que em nosso caso, o número de mortos e o sofrimento dos doentes pertencentes à classe pobre,  e dos menos pobres com baixa renda e desempregados, será assustador. Os idosos nessas classes serão simplesmente dizimados nesse processo.
                                                                  FIM

PS A presença de políticos desinteressados pelos outros, vaidosos ou ladrões, não conseguem esconder o que são, de verdade, nesses debates e reuniões informais ou formais. Basta compará-los com o Ministro da Saúde, envolvido e vivendo com intensidade suas propostas e trabalhos, para se identificar o “caroneiro” do evento. O uso da televisão para fins político- eleitorais, em que “ele” ou “ela” aparecem com esse objetivo, inclusive jornalistas fazendo perguntas sem nenhum nexo e seriedade com o combate ao vírus, CAUSAM-ME NÁUSEA!                        

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