Tuesday, December 06, 2011

A BATALHA PARA ENVIAR EUROS POR VIAS NORMAIS À MINHA NETA ISABELLE


CAPÍTULO I-Retrospecto de Agosto até 6/11/2011

A. Banco Central do Brasil - Confirmação de recebimento de mensagem

Sua demanda foi registrada com sucesso em 06/12/2011, às 16:06:35, com o número 2011397184.

Caso sua demanda tenha sido contra Instituição Financeira, a mesma será automaticamente CANCELADA por não se tratar de reclamação da alçada da Ouvidoria.

Mensagem Minha à Ouvidoria:
Estou tentando registrar reclamação junto ao Banco Central e somente ouço a mesma ladaínha: "todos nossos atendentes estão ocupados; ligue mais tarde." A maioria das instituições privadas que oferecem telefone para o público, seja para reclamação, ou informação, não manda ligar mais tarde. Simplesmente, calcula o tempo médio de espera e informa. A pessoa é que decide esperar ou não. O Banco Central tem sido muito sensível às necessidades do usuário do sistema bancário quando ele não é o fornecedor do serviço. Em seu caso, simplesmente manda ligar mais tarde, deixando-nos livre para imaginar o que será o "mais tarde" do Banco Central. Sinto-me desprezado como cidadão. Além disso, todo o sistema funciona inversamente à prioridade do cidadão: primeiro, oferece cotações de moeda estrangeira; depois, informações econômicas; finalmente, "2a. família de moedas!" Em seguida, faz uma série de advertências para quem vai querer falar com "um de nossos atendentes (será que é um sómente?). Finalmente, dá a primeira opção para quem quiser "acompanhar" o que foi feito com sua reclamação. Depois, a da RECLAMAÇÃO propriamente dita cujo atendente nunca está diponível, desligando a linhaautoritariamente. Haja paciência. Grato por ler esta reclamação de um velho cidadão que não acredita no funcionamento de nossas instituições. Atenciosamente, E. J. Daros
FIM da Reclamação

Cabe-me esclarecer ao leitor deste BLOG que estou tornando pública essa reclamação com o objetivo de estimulá-lo a fazer o mesmo quando for utilizar algum sistema oferecido ao Cidadão que não funciona. Minhas reclamações se sucedem em cascata. B

B. Luta no Banco do Brasil
a.Minha neta que se encontra em Paris em bolsa de intercâmbio entre a PUCsp e o Institute de Sciences Politiques, conhecido como SciencesPo. O Lula, graças intervenção de seu ex-aluno Sarkozy junto a essa pretigiada instituição, recebeu recentemente o título de Doutor Honoris Causa. Dizem as más línguas que para lembrá-lo da compra dos aviões franceses..... http://www.sciencespo.fr/ De acordo com o sistema de intercâmbio, a PUCsp continua cobrando a mensalidade dela aqui em São Paulo e a Sciencespo cobra somente a matrícula. Todas as demais despesas de permanência e passagem estão sendo pagas por minha filha que remete mensalmente os recursos financeiros necessários para ela se manter em Paris.

b. Isabelle, soube por meio de colegas que o melhor sistema de remessa é o Visa Travel que funciona como um cartão pré-pago de telefone. Você carrega com a moeda do País em que vai permanecer ao câmbio do dia. O Banco do Brasil exige que vc tenha conta no Banco, o que ela já tinha por imposiçào de instituiçào pública em que fez estágio. O BB cobra somente US$ 20 (vinte dolares por carga) e o IOF incidente sobre o valor em reais convertido para o EURO a razão de 0,0038. No cartão que ela recebeu tem um telefone no verso por meio do qual ela se comunica com a agência que emitiu seu cartão e solicita que retire de sua conta da agência em que tem conta em reais certo valor. Quase instantaneamente seu cartão recebe a carga em EUROs.

c. Tudo funcionou bem na ocasião em que ela adquiriu o cartão e realizou a primeira carga. Teoricamente, na primeira remessa, bastaria minha filha depositar o valor em reais e avisar minha neta para fazer a conversão e carregar seu cartào em EUROS. Aí começou o primeiro capítulo do drama. A sua conta na Agência recebeu normalmente o depósito em reais que não pôde ser sacado por minha neta para carregar seu cartão em Euros porque sua conta estava BLOQUEADA. Teria de desbloquear. No Banco do Brasil informaram que o SISTEMA DE SEGURANÇA detectou risco de invasão da conta e a bloqueou. "Consta aqui na tela que se trata de vírus" informou a gerente da conta à minha filha. Para desbloquear haveria necessidade de minha neta comparecer à agência para criar nova senha. Depois de muita conversa e telefonemas internacionais, uma das gerentes abriu exceção e desbloqueou a conta com a participação da própria Isabelle, única detentora da conta. Aí vem o puxão de orelha da gerente: "se tivesse feito conta conjunta ou deixado procuraçào para a senhora nada disso teria acontecido". Não obstante, minha neta ter-nos assegurado que nào usou seu computador portátil e sim o telefone, o problema surgiu novamente na segunda remessa, repetindo-se a afirmação que se tratava de vírus. Nessa vez, a gerente advertiu que sem procuração ela não mais mexeria na senha da conta se ela fosse novamente bloqueada. Consultado a respeito, sugeri a minha filha que ignorasse isso, pois seria complicado pedi-lhe para mandar procuraçào da FRANÇA e, seguramente, nào iria acontecer isso uma terceria vez. Como toda a desgraça anunciada costuma acontecer, lá estava a gerente para informar novamente que a conta foi bloqueada e que ela não tinha poder sobre o SISTEMA. Dessa vez estive no Banco e me dirigi a um dos gerentes do "PISO SUPERIOR" já que a gerente geral "tinha saído para almoço" segundo sua Secretária ou "ela não apareceu aqui hoje" segundo a serviçal que estava na sala, questionada por mim, sempre desconfiado. Comecei conversando com ele sobre a função de gerente: resolver problemas que a rotina interna nào consegue e que podem causar danos ao Banco ou a seus clientes, sempre respeitando as leis e os regulamentos delas decorrentes. Obviamente assumindo pequenos riscos como foi o caso da gerente anterior. Mandou-me aguardar e desceu. Depois de muito tempo, sua resposta foi usar a WESTERN UNION que faria a remessa a um custo de uns US$ 100 dólares. Chegaria no mesmo dia e o valor em EUROS estaria à disposição de minha neta imediatamente. Minha filha topou. Primeira pergunta: como faria para retirar o depósito que foi feito no dia anterior? O gerente disse que esse dinheiro somente poderá ser movimentado por minha neta. Como sua conta estava bloqueada nada poderia ser feito. Minha filha se desesperou e eu encontrei a solução. "Forneço o dinheiro e vc me paga depois quando a conta for desbloqueada." Perguntei-lhe entào se poderia buscar os recursos no Santander onde tenho conta e trazê-lo em espécie para fazer a remessa. Impossível, respondeu o gerente. O senhor tem de ser correntista do Banco, pois o valor a ser remetido deve ser retiradao de conta do próprio Banco do Brasil. Com olhar de que resolveu meu problema, recomendou, então, que eu fosse ao SANTANDER que também mantém convênio com a wESTERN UNION.

C.Luta no Banco Santander
Saímos correndo e chegando no SANTANTER tivemos de aguardar a responsável por esse tipo de operaçào. Atendeu-nos logo depois e respondeu a nossa indagação: "Não temos convênio com a WESTERN ÜNION, mas podemos fazer a remessa pelo SANTANDER diretamente ao Banco em que sua neta tem conta corrente em Paris". O custo seria um pouco maior que o da WESTERN UNION. Finalmente!, respirei fundo e entreguei-lhe meu cartão do SANTANDER dizendo-lhe que naquela conta não tinha todo o dinheiro necessário, mas na conta do antigo REAL, hoje SANTANDER, havia fundos suficientes. "Nào há problema, transfere-se o recurso necessário para sua conta", esclareceu-me a atendente. Ao olhar para o meu CARTÃO verificou, então, que minha Agência era na Avenida Paulista. Como o Real, onde ainda tenho conta, agora é SANTANDER, disse-lhe que iríamos fazer na antiga agência em frente. Lá estando, soubemos que o encarregado havia saído para almoço. Voltamos à agência SANTANDER anterior e ali estava a funcionária que se sacrificou por nós: preencheu todo o formulário do SANTANDER, deixando em branco somente a identificaçào da agência em frente, onde também tenho conta, que formalizaria o pedido de remessa. Levamos mais de uma hora, nessa tarefa insana pois surgiram dúvidas sobre a identificaçào do Banco em Paris com trocas de e-mails com minha neta. Feito isso, voltamos ao SANTANDER (antigo real) e concluímos a solicitaçào de remessa. Não sabia quando minha neta teria os recursos em sua conta.Posteriormente, a funcionária nos informou, por telefone, que na segunda-feira, dia 5, o dinheiro estaria lá. Até hoje não foi depositado. A mesma funcionária me informaria a data exata por telefone sobre a nova data o que ainda não aconteceu até agora, dia 6 de Dezembro de 2011, às 17:30. Nesse interim, recebi telefonema de minha neta e vou partir para outra solução. Hoje ela não pôde ir à EMBAIXADA para emitir uma procuração para a mãe. Como pelo correio levará muito tempo, vou instruí-la para que explique, na Embaixada Brasileira, a situação delicada em que se encontra e peça ao responsável que envie da própria Embaixada um fax do texto lá produzido - que merece fé pública - para a agência do BB, já que a procuração particular com assinatura eletrônica enviada de Paris não serviu. Fui convencido que realmente uma pessoa seqüestrada poderia emitir essa procuração particular. Estou, também, quase convencido que é mais seguro nos dirigirmos a um "doleiro" que receberá dinheiro vivo na mão e emitirá ordem de pagamento via "cabo" para depósito na conta de minha filha. Antes de partir para essa solução, porém, resolvemos registrar uma reclamação no Banco Central sobre o que está ocorrendo.

Reclamação

Liguei para o PROCON (151), sempre "pronconto" para atender e informar telefones errados. Já sabendo de antemão que não é a instituiçào encarregada disso queria somente certificar-me de que seria mesmo o Banco Central e saber qual o telefone para reclamação. O primeiro fornecido, 11-34917730, deu sinal de fax. E o segundo, 08009792343, segundo a telefônica não existe. No site www.bcb.gov.br consegui o telefone correto 08009792345 cujos atendentes estiveram sempre ocupados das 14 até agora 18 horas. Daí ter procurado a Ouvidoria do Banco Central para registrar a reclamação acima.

D. Esperanças sobre o Futuro
Agradeço a inestimável atenção do leitor que seguramente tem passado por situações semelhantes a essa. ISSO SE CHAMA CUSTO BRASIL que nos deixa estressado sem resultado nenhum social, econômico ou ambiental. E pensar que minha neta está completando curso de graduação em Ciências Sociais, com foco em Ciências Políticas, tendo sido indicada pela PUCsp como intercambista e aceita pela conceituada instituição Sciences Politiques como sua aluna neste segundo semestre de 2011. É com grande esperança de resolver o problema definitivamente amanhã com o fax da EMBAIXADA BRASILEIRA EM PARIS ao BANCO DO BRASIL S A, duas respeitáveis instituições da REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL. Afinal somos responsáveis, como afirmou a funcionária do BB pela Isabelle não ter conta conjunta com sua mãe ou, pelo menos, ter-lhe deixado procuraçào. A PUCsp por não ter fornecido um documento que reunisse a experiência de ex-intercambistas brasileiros no dia-a-dia na França, envolvendo além dos estudos ali realizados os problemas do dia-a-dia e suas soluções. Também o BB deveria advertir a depositantes quando a conta considerada estivesse bloqueada antes de aceitar e registrar o depósito que surge bloqueado. O Banco Santander por não dispor de rotina interna com prazos bem definidos de maneira a não gerar incertezas a ponto do cliente não saber o dia certo em que o depósito será feito. A única forma de saber se foi feito é por meio da consulta à conta corrente que registrará pouco antes do depósito o débito em reais relativo à compra e remessa da moeda estrangeira.
Não deixe de ler os próximos capítulos desta Batalha

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