Thursday, April 08, 2010

             Direcionamento de Licitação

Está mais do que antecipadamente decidida a escolha dos Caças Rafale da Dassault pelo Presidente Lula. Ela foi anunciada durante a visita de Sarkozy no último dia 7 de Setembro. Não dá para entender, portanto, os malabarismos e tergiversações do Ministro da Defesa, senão como esforço brutal para tornar a escolha de Lula como política com “P” maiúsculo. Apesar disso, a licitação, ou o que seja, começou mal; pois se o objetivo era fugir do veto norte-americano à exportação de caças e outros equipamentos militares de defesa e ataque com componentes e tecnologia daquele país, mesmo que fabricados no Brasil, não se deveria, jamais, ter-se convidado ou consultado a Boeing, tampouco a Saab, pois os técnicos do Ministério da Defesa já sabiam que os Caças Gripen NG da Suécia contêm esses componentes. Quanto a Boeing, até parece piada estar participando do processo de escolha. Se nem os Tucanos da EMBRAER puderam ser exportados para a Venezuela por essa razão, realmente pensou-se, por exemplo, em exportar os F-18 da Boeing que seriam fabricados no Brasil para Cháves ou para Ahmadinejad? É óbvio que essa licitação é de araque. E mais, seu objetivo principal não é a Defesa Nacional simplesmente. Ela visa, principalmente, criar no Brasil um complexo militar-industrial cuja sobrevivência necessitará do mercado externo. Esse complexo ameaçará nossa incipiente e frágil democracia com mecanismos de relacionamento da indústria com o Estado, em que defesa nacional e interesses políticos no País e no exterior se mesclarão em simbiose econômico-financeira fora do controle de uma população pobre e sofrida, ainda imersa na ignorância. Quem não ouviu o “farewell speech” de Eisenhowever sobre isso, que o faça agora em http://www.youtube.com/watch?v=rd8wwMFmCeE&NR=1
                                          FIM

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