Monday, December 18, 2006

JANELAS
Windows em inglês, revolucionou o sistema operacional de computação ao nos permitir trabalhar com vários sub-sistemas, mantendo-os abertos e prontos para atender a nossas necessidades. O espírito do WINDOWS, porém, não vinga na mente da elite de nosso País. Hoje, ao saber das vitórias de nossa juventude nos esportes e na música – para quem não sabe, Arnaldo Cohen, veio de Nova York para tocar com a orquestra de Heliópolis, formada por jovens dessa extensa favela paulistana – ao invés de me regozijar com os feitos, fiquei triste. Os esportes e a música têm sido as frestas que nossa sociedade monoliticamente ignorante deixa abertas para o desenvolvimento e expressão das crianças e jovens pobres. O ensino público fundamental continua enterrando talentos e frustrando expectativas ao invés de ser um instrumento de criação de oportunidades que aproveitem a energia e a criatividade da população em atividades produtivas e úteis, hoje perdidas nos meandros da ignorância, violência e sofrimento. A elite política não consegue destravar o país, simplesmente porque está mais preocupada com seus próprios interesses, sejam eles materiais ou de outra ordem, como por exemplo, salvar a pátria, sem esquecer de "cacarejar" por qualquer coisa boa que faça, o mais irrelevante que seja. Essa vaidade, ou carência afetiva, tem sido responsável pela atitude dos detentores do poder somente se cercarem de pessoas incompetentes e bajuladoras. Quem não se lembra da disputa sobre a paternidade do plano real? E das frases repetitivas do atual presidente de que “ nunca na história deste país......” Se o Presidente Lula amadureceu, e está mesmo interessado no bem de nossa população pobre, convide seu ex-correligionário Cristovam Buarque, ou alguém de sua envergadura, para ser o Ministro da Educação e dê-lhe apoio e sustentação política como o fez para Palocci e Meirelles em seu primeiro mandato. Escancare a janela da educação, afastando dela disputas político-partidárias ou ideológicas. E continue trabalhando, e muito, para que as demais que travam o desenvolvimento sustentado de nosso País também se abram. Encerre sua carreira política como estatista e se mantenha como tal; como reserva de sabedoria e discernimento para os momentos difíceis de nosso país. De políticos, politiqueiros e líderes populistas o Brasil está cheio. Faltam-nos estadistas.

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